Não
é habitual observarmos estas garças, mas de vez em quanto cá aparecem e não é a
primeira vez que reportamos um exemplar destes na Vila da Povoação, desta feita
conseguimos filmar. Não é uma ave fácil de fotografar e filmar porque ao
aproximarmos demasiado ela foge, está sempre atenta a todos os movimentos.
A
observação de uma silhueta esguia e totalmente branca, deslocando-se lentamente
na margem de um açude ou de um estuário é geralmente indicativa da presença de
uma garça-branca-pequena. Esta ave aquática pode ser vista um pouco por todo o
país.
Identificação
Distingue-se
principalmente pela brancura da sua plumagem. É uma garça de tamanho médio com
um longo pescoço em forma de S, que está encolhido quando voa. A plumagem é
totalmente branca e por vezes podem ser notadas algumas plumas compridas na
parte posterior da cabeça. O bico e as patas são pretos, mas os dedos são
amarelos. Quando em alimentação, é geralmente uma ave solitária, embora ocasionalmente
forme bandos esparsos. No entanto, reúne-se em grandes bandos nos dormitórios e
nas colónias. Distingue-se da garça-boieira pelo pescoço mais comprido e pelo
bico preto e não amarelo.
Por
vezes observam-se indivíduos com a plumagem cinzenta, que poderão ser variações
melanísticas ou híbridos com garça-dos-recifes.
Abundância e
calendário
A
garça-branca-pequena é sobretudo residente e pode ser vista em Portugal durante
todo o ano. É mais abundante no litoral, especialmente na metade sul do território
e é relativamente rara no interior norte, especialmente em zonas de altitude.
Nidifica colonialmente havendo colónias importantes no Ribatejo, no Alentejo e
no Algarve.
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