Estenose
lombar afeta população acima dos 65 anos
A
coluna é uma estrutura móvel sujeita a um processo degenerativo gradual. Este
processo pode ser mais rápido ou mais lento, dependendo dos indivíduos. O
desgaste progressivo das vértebras e dos discos da coluna, origina a estenose
lombar que é o estreitamento do canal central da coluna vertebral e dos canais
por onde saem as raízes nervosas. Estima-se que a estenose lombar afete entre
cerca de 10 por cento da população geral e mais de 20 por cento acima dos 65
anos.
A
estenose pode ser classificada como primária, causada por alterações congénitas
ou desenvolvidas na primeira infância; ou secundária, resultante de alterações
degenerativas ou como consequência de uma infeção, de um traumatismo ou de uma
cirurgia. Embora seja mais frequente na região lombar, a estenose pode envolver
também a região cervical ou, mais raramente, dorsal.
Os
sintomas relacionados com a estenose podem instalar-se e progredir de forma
mais ou menos rápida. A compressão das raízes nervosas pode provocar dor,
diminuição da força nos membros superiores e inferiores, diminuição da
sensibilidade e mesmo alterações no controlo dos esfíncteres da bexiga e do
ânus. Quando surge uma estenose na região lombar o doente tipicamente
desenvolve uma dificuldade progressiva na marcha, com dores difusas e falta de
força nos membros inferiores, que regridem quando o doente está em repouso e
quando se senta. Com a progressão da estenose a marcha fica cada vez mais
limitada.
O
diagnóstico da estenose lombar é feito a partir dos sintomas do doente e dos dados
do exame físico. A confirmação do diagnóstico é feita através de exames de
imagem, mais frequentemente a ressonância magnética ou a tomografia
computadorizada da coluna lombar.
Quando
os sintomas são ligeiros, o recurso a medicamentos, alterações do estilo de
vida e um programa de fisioterapia podem ser suficientes para o alívio dos
sintomas. No entanto, quando os sintomas se tornam mais graves, a cirurgia
torna-se necessária para descompressão das estruturas nervosas e geralmente
traduz-se numa melhoria significativa da qualidade de vida do doente. Em
algumas situações, para além da descompressão é necessária uma estabilização da
coluna vertebral.
A
campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de
Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de
Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de
Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de
Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: http://www.olhepelassuascostas.com/
ou visite o facebook: https://www.facebook.com/olhe.costas
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