Dores nas costas
afetam mais de 600 milhões de pessoas
As
dores nas costas afetam 632 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que
aumentou cerca de 45 por cento nos últimos 20 anos, de acordo com um estudo
publicado recentemente na revista Lancet. Em Portugal, 72,4 por cento da
população refere que sofre ou já sofreu de dores nas costas, alerta a Campanha
Olhe Pelas Suas Costas, no âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se celebra a 16
de Outubro.
“O
envelhecimento da população, o sedentarismo, os movimentos incorretos e as
posturas erradas são as principais causas que levam as pessoas a ter dores nas
costas. Por outro lado, muitos portugueses continuam a acreditar nos mitos
associados à cirurgia da coluna, o que acaba por afastá-los por vezes do
tratamento adequado e contribuir para uma má qualidade de vida decorrente das
dores nas costas no seu dia-a-dia”, explica Paulo Pereira, Coordenador Nacional
da Campanha Olhe pelas Suas Costas.
E
acrescenta: “O procedimento cirúrgico na coluna vertebral mais frequente é o
tratamento das hérnias discais sintomáticas, que afetam cerca de 3 por cento da
população e são mais usuais entre os 35 e os 50 anos de idade. Quando o
tratamento cirúrgico é necessário, habitualmente trata-se de um procedimento
simples, com baixo risco de complicações, que implica um internamento curto e
um rápido restabelecimento. As técnicas microcirúrgicas e minimamente invasivas
permitem cicatrizes menores e menos lesão dos músculos da região lombar, o que
muitas vezes se traduz num pós-operatório mais benigno e um regresso mais
precoce à vida ativa em cirurgias tradicionalmente mais complexas”.
Na
população mais sénior, a estenose lombar é a doença da coluna mais comum,
afetando cerca de 20 por cento das pessoas com mais de 65 anos. “A compressão
das raízes nervosas pode provocar dor, especialmente durante a marcha,
diminuição da força nos membros inferiores, diminuição da sensibilidade e mesmo
alterações no controlo da urina e fezes. Quando os sintomas são ligeiros, o
recurso a medicamentos, alterações do estilo de vida e um programa de fisioterapia
podem ser suficientes para o alívio dos sintomas. No entanto, quando os
sintomas se tornam mais graves, a cirurgia torna-se necessária para
descompressão das estruturas nervosas e geralmente traduz-se numa melhoria
significativa da qualidade de vida do doente”, explica Paulo Pereira.
Entre
as principais doenças associadas às dores nas costas os portugueses destacam as
hérnias discais (33,6 por cento), os “bicos de papagaio” (19,4 por cento) e a
escoliose (14,8 por cento). No entanto quase metade dos portugueses (41,7 por
cento) admite que nunca ouviu falar de doenças relacionadas com as dores nas
costas.
Sobre as dores nas
costas
As
dores nas costas são a segunda causa mais frequente das visitas ao médico. As
doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de
incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que
28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi
prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas
costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este
motivo.
A
coluna vertebral é composta por trinta e três pequenos ossos ou vértebras que
sustentam o corpo e protegem a medula. Entre cada duas vértebras típicas existe
um disco intervertebral, que ajuda a absorver as pressões e impede o atrito
entre as vértebras. Para além de servirem de amortecedores, estes discos
garantem a flexibilidade da coluna vertebral e permitem o movimento.
Sobre a campanha
Olhe pelas Suas Costas
A
campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de
Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de
Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de
Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de
Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: http://www.olhepelassuascostas.com/ ou visite o
facebook: https://www.facebook.com/olhe.costas
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