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sábado, 19 de outubro de 2013

CARLOS ÁVILA E SUA EQUIPA TOMARAM POSSE (com vídeo)

Discurso de Tomada de posse – mandato 2013/2017

Senhora Presidente da Assembleia Municipal

Senhoras e Senhores deputados municipais

Senhores Vereadores

Senhoras e Senhores

Terminou mais um ato eleitoral.


A população do Concelho da Povoação demonstrou, através de voto secreto, a sua vontade soberana. Em democracia, a soberania reside no povo! E os resultados eleitorais demonstraram a vontade da maioria, digo, de uma maioria expressa com números históricos.

Na sequência desse resultado da vontade popular, são agora quatro os representantes da Lista do PS e um da Lista do PSD que compõem o executivo da

Câmara Municipal e são 10 os representantes da Lista do PS e 5 da Lista do PSD na Assembleia Municipal. Nas seis Freguesias do nosso Concelho, 5 das Juntas são do PS e uma do PSD.

Resultados que, na verdade, não deixam qualquer dúvida sobre a vontade da população do nosso Concelho.

Em linguagem corrente, dir-se-á que a população concedeu aos vencedores uma grande margem de poder de decisão, tanto na Câmara Municipal como na Assembleia Municipal, nas funções e nas competências legalmente atribuídas a estes dois órgãos do, também designado, Poder Local.

Mas qual o significado que havemos de avocar ao exercício deste poder?

Será que o povo nos deu, gratuitamente, este poder? Será que, empossados agora nas respetivas funções, na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal ou nas Juntas e Assembleias de Freguesia, temos legitimidade para tudo fazer?
Hoje, penso que o exercício do poder, se depende em primeiríssima ordem, e depende com certeza, dos resultados eleitorais, carece outrossim, todos os dias, de se sustentar no processo evolutivo que, até por vezes, modifica a vontade popular.

Estar atento à vontade popular é pois, um desiderato fundamental para o exercício do poder democrático.

Acrescento ainda a este entendimento, o significado do exercício do poder, como uma prestação de serviços às populações.

Bom seria mesmo que todos exercêssemos a política, ancorados no seu mais nobre conceito: tudo quanto contribui para o Bem Comum. Bem Comum que o mesmo é dizer, bem das comunidades locais, ou bem-estar das populações.

Caros Amigos

Creio com sinceridade que todos estamos aqui hoje, para que se possam atingir estes objetivos de bem-estar das nossas populações. É este o nosso mandato popular. É esta a nossa obrigação como prestadores de serviço público. Este é o meu desejo, mesmo reconhecendo já hoje que o nosso percurso não será isento de erros, aceitando como o devemos aceitar que errar é humano.

Mas há de ser um mandato realizado com coragem, com dedicação, com transparência, em defesa das causas públicas, em defesa das pessoas, especialmente das mais necessitadas e em defesa das empresas e da economia local.

Digo-vos com toda a lealdade: a nossa vitória eleitoral trouxe-me alguma moderação, passados que estavam os primeiros momentos.

O dia da vitória é o primeiro dia do exercício de responsabilidades acrescidas! Foi assim mesmo que me senti, logo após ter tomado conhecimento dos resultados eleitorais: com responsabilidade acrescida, porque perante uma esperança inaudita, dum número histórico de povoacenses que acreditaram na nossa ação. Nesta hora, convenci-me da minha pequenez. Refleti os valores da humildade e procurei renovadas forças para as futuras responsabilidades.

O verdadeiro significado desta vitória pode residir no trabalho realizado no último mandato, creio que sim, mas acredito também que ele se fundamenta, sobretudo, nas espectativas sobre os benefícios futuros do nosso trabalho que, espero bem, havemos de conseguir para o bem-estar das pessoas e para o processo de desenvolvimento da nossa terra. Ou seja, o povo confiou-nos o seu futuro, o futuro das suas famílias, o futuro dos seus filhos.

O povo pede-nos a minimização dos impactos gravosos, provenientes das decisões antissociais do governo da república. O povo está a pedir-nos que ajudemos a resolver as suas grandes aflições e os seus grandes problemas. E temos de conseguir fazê-lo!

Peço a todos, Presidentes das Juntas e Membros das Assembleias de Freguesia, Deputados municipais e Vereadores que me acompanhem no caminho deste mandato.

Aos membros da maioria e aos membros da oposição. A partir de hoje e com cada qual a manter a sua própria legitimidade, todos nós somos representantes do Concelho da Povoação e também todos nós somos representantes de todos os povoacenses, de todas as nossas freguesias.

Apelo para que façamos tudo quanto nos for possível, em favor do nosso Concelho e das nossas gentes.

É bem verdade que, em face de uma vitória, ou de uma derrota eleitoral, os nossos sentimentos e até os nossos propósitos são bem distintos. Eu próprio já o senti e assim falo com propriedade.

Mas também considero, porque assim sempre considerei, tanto nas vitórias, como nas minhas derrotas que existem princípios e valores que suplantam tudo o resto:

o gosto, a motivação, a vontade, a determinação de sempre defender, em primeiro lugar, os povoacenses e o nosso concelho, são princípios e valores que todos os que se querem dedicar às causas públicas devem prosseguir.

Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Senhores Vereadores
Senhores Deputados municipais

O mandato que hoje iniciamos traz-nos enormes incertezas, quanto ao nosso futuro: são serviços do governo da república que se pretende que encerrem; são as receitas do estado que não param de diminuir; é a nossa dívida municipal; é a imposição de regras de funcionamento que pretendem bloquear a tomada de decisões, ou em nada nos beneficiam, tal como a regra das 40 horas do horário de trabalho; é a diminuição dos vencimentos dos nossos funcionários; é a economia que não funciona, fruto duma tirania invisível que grassa nos mercados financeiros; e são os nossos problemas ainda por resolver, referindo-me em especial à Povoadesp, onde temos participação de 49%, ou os terrenos hipotecados que nos passaram, a troco do pagamento de uma dívida de €800 000.
Mas são também os problemas do desemprego que afetam hoje inúmeras famílias no nosso Concelho.

Problema muito grave que a todos nos obriga a acompanhar dia a dia, sem descanso e com muito cuidado.

Para tudo isto chamo a vossa atenção, ambicionando também que vivamos a esperança de um dia, não muito distante, em que possamos retomar a execução de obras públicas municipais, especialmente vocacionadas para a capacidade de execução das nossas empresas locais e para sectores reprodutivos que, num futuro próximo, hão-de trazer mais riqueza ao nosso Concelho.

Com os pés bem assentes nesta realidade que a todos envolve e desafia, deixo aqui o meu sincero desejo que possamos realizar um trabalho em conjunto, para que atinjamos um futuro melhor para todos.

Ainda uma aspiração final e muito especial, relativamente aos jovens que passaram a integrar os órgãos institucionais de representação do Concelho da Povoação, para que nunca se esqueçam que receberam apenas uma procuração da população do Concelho da Povoação, para prestarem um bom serviço. Tenho muita esperança no vosso trabalho. O futuro do nosso Concelho, passa cada vez mais pelo vosso empenho e pelo vosso denodado amor à nossa terra.

Muito obrigado.

Carlos Ávila.

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