Discurso de Tomada de posse –
mandato 2013/2017
Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Senhoras e Senhores deputados municipais
Senhores Vereadores
Senhoras e Senhores
Terminou mais um ato eleitoral.
Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Senhoras e Senhores deputados municipais
Senhores Vereadores
Senhoras e Senhores
Terminou mais um ato eleitoral.
A
população do Concelho da Povoação demonstrou, através de voto secreto, a sua
vontade soberana. Em democracia, a soberania reside no povo! E os resultados
eleitorais demonstraram a vontade da maioria, digo, de uma maioria expressa com
números históricos.
Na
sequência desse resultado da vontade popular, são agora quatro os
representantes da Lista do PS e um da Lista do PSD que compõem o executivo da
Câmara
Municipal e são 10 os representantes da Lista do PS e 5 da Lista do PSD na
Assembleia Municipal. Nas seis Freguesias do nosso Concelho, 5 das Juntas são
do PS e uma do PSD.
Resultados
que, na verdade, não deixam qualquer dúvida sobre a vontade da população do
nosso Concelho.
Em
linguagem corrente, dir-se-á que a população concedeu aos vencedores uma grande
margem de poder de decisão, tanto na Câmara Municipal como na Assembleia
Municipal, nas funções e nas competências legalmente atribuídas a estes dois
órgãos do, também designado, Poder Local.
Mas
qual o significado que havemos de avocar ao exercício deste poder?
Será
que o povo nos deu, gratuitamente, este poder? Será que, empossados agora nas
respetivas funções, na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal ou nas Juntas e
Assembleias de Freguesia, temos legitimidade para tudo fazer?
Hoje,
penso que o exercício do poder, se depende em primeiríssima ordem, e depende
com certeza, dos resultados eleitorais, carece outrossim, todos os dias, de se
sustentar no processo evolutivo que, até por vezes, modifica a vontade popular.
Estar
atento à vontade popular é pois, um desiderato fundamental para o exercício do
poder democrático.
Acrescento
ainda a este entendimento, o significado do exercício do poder, como uma
prestação de serviços às populações.
Bom
seria mesmo que todos exercêssemos a política, ancorados no seu mais nobre
conceito: tudo quanto contribui para o
Bem Comum. Bem Comum que o mesmo é dizer, bem das comunidades locais, ou bem-estar
das populações.
Caros
Amigos
Creio
com sinceridade que todos estamos aqui hoje, para que se possam atingir estes
objetivos de bem-estar das nossas populações. É este o nosso mandato popular. É
esta a nossa obrigação como prestadores de serviço público. Este é o meu
desejo, mesmo reconhecendo já hoje que o nosso percurso não será isento de erros,
aceitando como o devemos aceitar que errar é humano.
Mas
há de ser um mandato realizado com coragem, com dedicação, com transparência,
em defesa das causas públicas, em defesa das pessoas, especialmente das mais
necessitadas e em defesa das empresas e da economia local.
Digo-vos
com toda a lealdade: a nossa vitória eleitoral trouxe-me alguma moderação,
passados que estavam os primeiros momentos.
O
dia da vitória é o primeiro dia do exercício de responsabilidades acrescidas!
Foi assim mesmo que me senti, logo após ter tomado conhecimento dos resultados
eleitorais: com responsabilidade acrescida, porque perante uma esperança
inaudita, dum número histórico de povoacenses que acreditaram na nossa ação. Nesta
hora, convenci-me da minha pequenez. Refleti os valores da humildade e procurei
renovadas forças para as futuras responsabilidades.
O
verdadeiro significado desta vitória pode residir no trabalho realizado no
último mandato, creio que sim, mas acredito também que ele se fundamenta,
sobretudo, nas espectativas sobre os benefícios futuros do nosso trabalho que, espero
bem, havemos de conseguir para o bem-estar das pessoas e para o processo de
desenvolvimento da nossa terra. Ou seja, o povo confiou-nos o seu futuro, o
futuro das suas famílias, o futuro dos seus filhos.
O
povo pede-nos a minimização dos impactos gravosos, provenientes das decisões
antissociais do governo da república. O povo está a pedir-nos que ajudemos a
resolver as suas grandes aflições e os seus grandes problemas. E temos de
conseguir fazê-lo!
Peço
a todos, Presidentes das Juntas e Membros das Assembleias de Freguesia, Deputados
municipais e Vereadores que me acompanhem no caminho deste mandato.
Aos
membros da maioria e aos membros da oposição. A partir de hoje e com cada qual
a manter a sua própria legitimidade, todos nós somos representantes do Concelho
da Povoação e também todos nós somos representantes de todos os povoacenses, de
todas as nossas freguesias.
Apelo
para que façamos tudo quanto nos for possível, em favor do nosso Concelho e das
nossas gentes.
É
bem verdade que, em face de uma vitória, ou de uma derrota eleitoral, os nossos
sentimentos e até os nossos propósitos são bem distintos. Eu próprio já o senti
e assim falo com propriedade.
Mas
também considero, porque assim sempre considerei, tanto nas vitórias, como nas
minhas derrotas que existem princípios e valores que suplantam tudo o resto:
o
gosto, a motivação, a vontade, a determinação de sempre defender, em primeiro
lugar, os povoacenses e o nosso concelho, são princípios e valores que todos os
que se querem dedicar às causas públicas devem prosseguir.
Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Senhores Vereadores
Senhores Deputados municipais
O
mandato que hoje iniciamos traz-nos enormes incertezas, quanto ao nosso futuro:
são serviços do governo da república que se pretende que encerrem; são as
receitas do estado que não param de diminuir; é a nossa dívida municipal; é a
imposição de regras de funcionamento que pretendem bloquear a tomada de decisões,
ou em nada nos beneficiam, tal como a regra das 40 horas do horário de
trabalho; é a diminuição dos vencimentos dos nossos funcionários; é a economia
que não funciona, fruto duma tirania invisível que grassa nos mercados
financeiros; e são os nossos problemas ainda por resolver, referindo-me em
especial à Povoadesp, onde temos participação de 49%, ou os terrenos
hipotecados que nos passaram, a troco do pagamento
de uma dívida de €800 000.
Mas
são também os problemas do desemprego que afetam hoje inúmeras famílias no
nosso Concelho.
Problema
muito grave que a todos nos obriga a acompanhar dia a dia, sem descanso e com
muito cuidado.
Para
tudo isto chamo a vossa atenção, ambicionando também que vivamos a esperança de
um dia, não muito distante, em que possamos retomar a execução de obras
públicas municipais, especialmente vocacionadas para a capacidade de execução
das nossas empresas locais e para sectores reprodutivos que, num futuro
próximo, hão-de trazer mais riqueza ao nosso Concelho.
Com
os pés bem assentes nesta realidade que a todos envolve e desafia, deixo aqui o
meu sincero desejo que possamos realizar um trabalho em conjunto, para que
atinjamos um futuro melhor para todos.
Ainda
uma aspiração final e muito especial, relativamente aos jovens que passaram a
integrar os órgãos institucionais de representação do Concelho da Povoação,
para que nunca se esqueçam que receberam apenas uma procuração da população do
Concelho da Povoação, para prestarem um bom serviço. Tenho muita esperança no
vosso trabalho. O futuro do nosso Concelho, passa cada vez mais pelo vosso
empenho e pelo vosso denodado amor à nossa terra.
Muito
obrigado.
Carlos
Ávila.
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