No
próximo domingo, dia dois de dezembro, Ricardo Melo lança o seu primeiro CD a
solo intitulado Entre Primas, Segundas e Toeiras.
O
Evento decorrerá no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta
Delgada com início agendado para as quinze horas.
“Entre
Primas, Segundas e Toeiras” é um CD instrumental que tem como instrumento
solista a Viola da Terra Micaelense executada por Ricardo Melo.
Neste
trabalho são interpretados diferentes géneros e estilos musicais forçando a
Viola da Terra a sair da sua zona de conforto e a aventurar-se em áreas até
agora inexploradas.
O
alinhamento dos temas musicais é repartido pelo reportório da música
tradicional açoriana, da guitarra portuguesa de Coimbra e de Lisboa, do Samba/Bossa
Nova e também pela música Erudita.
Quer
acompanhada ou a solo, a Viola da Terra imprime o seu timbre característico de
forma ímpar e pioneira nos temas musicais que até agora eram desconhecidos do
seu reportório.
Numa
introdução ao CD, Carlos Sousa, diretor musical do Grupo de Cantares Belaurora,
escreve o seguinte:
Entre
primas, segundas e toeiras regista, com saber e competência, o trabalho aturado
que Ricardo Melo tem desenvolvido como instrumentista de fino recorte, ao longo
da sua já longa carreira, acasalando, neste trabalho, a viola da terra, o
violão e o contrabaixo, de forma perfeita, harmoniosa e elevada. Com gosto, com
arte.
Aqui
fica patente que a viola da terra, esse instrumento só nosso e bem nosso, pode
conviver com outras sonoridades, apesar de ter nascido, humildemente, para
tocar as nossas modas e acompanhar os nossos balhos. Ao longo dos anos, tem
adquirido outra consistência, deixando de ser aquele instrumento um pouco
desajeitado, difícil de afinar e de manter a afinação.
Esse
convívio, a preparação e a formação académica dos seus tocadores e
construtores, elevaram-na, nos dias que correm, a um patamar nunca dantes alcançado
e, porventura, jamais sonhado pelos nossos tangedores da “violinha de cana,
falquejadinha a machado”.
Este
CD, edição do autor, apresenta-nos um cacho de sons, de proveniências diversas,
capazes de empolgar quem os ouve e aprecia, trazido por mãos de quem trabalha,
com primor, as mais variadas melodias, enriquecendo-as com a soberba harmonia
que a elas Ricardo Melo soube emprestar.
Mais
uma achega fundamental destinada a divulgar a cultura de uma terra que teima em
dizer “a todo o mundo” que os Açores são viveiro de tradição, de estudo e de
talento inovador.
Assim
se confirme. Sem rodeios.
Execução
instrumental – Ricardo Melo.
Gravação
– Ricardo Melo.
Mistura
e Masterização – Emanuel Cabral.
Idealização
e Arranjo Gráfico – Micaela Sousa, Ana Medeiros, Carlos Sousa.
Povoação,
quarta-feira, 28 de novembro de 2018.
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