Foi
enviada ao blog “Um Olhar Povoacense” para publicação aos seus leitores a carta
endereçada ao Presidente da Câmara Municipal da Povoação sobre as tarifas da
zona dos cozidos da lagoa das Furnas e taxa turística do município da Povoação.
De
seguida apresentamos essa carta:
“Exmo.
Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Povoação
Largo do Município
9650–411 Povoação
Povoação
7/11/2014
Muito
urgente
Assunto:
Reunião Ordinária de 7 de Novembro.
Manifestando
a minha total perplexidade pelo facto da revogação das deliberações, que
criaram as tarifas da zona dos cozidos da lagoa das Furnas e taxa turística do
município da Povoação, não constarem da ordem do dia, na sequência de uma
deliberação da assembleia de freguesia de Furnas, que reuniu em sessão
extraordinária no dia 30 de Outubro e da qual emanou, de forma clara e
inequívoca a total oposição do povo das Furnas àquelas deliberações, venho pela
presente dirigir-lhe o seguinte apelo:
-
A população das Furnas vive maioritariamente do turismo;
-
A conjuntura de crise que atravessamos também faz sentir os seus efeitos
adversos naquela freguesia, duplamente penalizada pela sazonalidade;
-
A implementação de tais medidas carece de estudo económico que as suporte e
meça o impacto das mesmas na economia da freguesia;
-
Avançar com estas taxas sem estudo económico é um tiro no escuro e uma total
irresponsabilidade;
Por
estas razões é grande a apreensão dos agentes económicos e da população em
geral e há um clima de grande indignação e revolta face à intransigência de Vª.
Exa., podendo esta agitação social levar a um desfecho de consequências
imprevisíveis, suscetível, inclusive, de por em causa a integridade do concelho
da Povoação. A revogação imediata daquelas deliberações é a única via para
resolver o problema e acabar com o clima de tensão social que pude testemunhar.
Face
ao exposto e porque a revogação imediata das deliberações que criaram as
tarifas da zona da lagoa das Furnas e a taxa Turística do Município, independentemente
do procedimento administrativo, depende única e exclusivamente da vontade do
presidente da câmara, porque a intransigência leva à intransigência, porque há
que respeitar o órgão máximo daquela freguesia e porque ninguém pode governar
contra o povo, faço-lhe um derradeiro apelo ao bom senso para que, com toda a
humildade democrática, proceda à revogação imediata daquelas deliberações.”
Com
os melhores cumprimentos,
Dâmaso
Vasconcelos
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