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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

POVOAÇÃO E OS POVOACENSES LUTAM PELA CONSTRUÇÃO URGENTE DE UM NOVO COMPLEXO ESCOLAR NA POVOAÇÃO

Carta aberta aos Exmos. Srs.

Presidente e Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores e Secretário Regional da Educação e Cultura,

A APEEP, Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Secundária da Povoação, em reunião ordinária da direção na passada quinta-feira, 20 de novembro de 2014, entre outros assuntos, procedeu à análise das declarações prestadas pelo Sr. Secretário Regional da Educação ao Telejornal da RTP Açores, em reação à nova petição pela construção urgente de um novo complexo escolar na Povoação.

A APEEP não encontrou nessas declarações qualquer intenção no não deferimento do motivo da petição, mas teme que a Povoação e os povoacenses vejam negado este importante projeto que, no entender desta associação, apenas trará benefícios a vários níveis para a comunidade local.

A APEEP recorda que o edifício da Escola Maria Isabel do Carmo Medeiros, então propriedade da Fundação do mesmo nome, foi adquirido pelo Governo Regional e começou a ser alvo de obras de ampliação e de remodelação em finais da década de noventa do século passado. A APEEP estima que nessa aquisição e nas obras que foram efetuadas não terão sido gastos mais do que 4 milhões de euros. Porém, desde logo a comunidade educativa local apercebeu-se da insuficiência de instalações e da precariedade dos espaços específicos das disciplinas de Física e Química, Biologia e Geologia, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical e, também, de Educação Física, para não falar das condições em que funcionam todos os restantes serviços (Papelaria, Reprografia, Refeitório, SASE, SPO,…). Essas condições só têm vindo a piorar com a sobrelotação do edifício, fruto do combate ao abandono escolar, da implementação dos programas específicos de escolaridade e, sobretudo, do alargamento da escolaridade obrigatória, de tal forma que, tal como em finais da década de 90, para além do recurso ao pavilhão gimnodesportivo municipal, se está a recorrer novamente a espaços fora da escola.

Entretanto, já houve escolas que foram alvo, mais do que uma vez, de obras de beneficiação que terão ultrapassado, em muito, o montante global do que já foi gasto na Maria Isabel do Carmo Medeiros.

A APEEP considera que, perante a gritante necessidade de novas instalações, perante a extrema desproporcionalidade de condições em relação às restantes escolas das Região, perante as atuais obras em curso que farão com que todas as restantes escolas tenham o seu problema de instalações resolvido, seria imoral a não decisão da construção de uma nova escola na Povoação.

A APEEP concorda que a construção de uma nova escola, a qual só poderá ser concretizada fora do centro urbano da Vila da Povoação, não é uma decisão que se tome “a quente” nem “de ânimo leve” na medida em que, desde já, se deveria delinear um plano estratégico de reorganização das atividades económicas desenvolvidas no centro da vila, incluindo o reaproveitamento para outros fins do atual edifício da escola.

A necessária deslocalização da escola deverá ser encarada como uma oportunidade de relançar a economia local: numa primeira fase, a própria construção da escola irá reanimar a construção civil e dinamizará o comércio e restauração locais; Numa segunda fase, a já referida consequente reorganização das atividades económicas, irá continuar a reanimar a construção civil fazendo com que muitas famílias que dependem dessa atividade vejam o seu poder de compra melhorar substancialmente, o que, por seu turno, terá também impacto positivo na restauração e comércio locais.

A APEEP teme que o medo da mudança por parte de alguns, possa uma vez mais, impedir que todos, incluindo os próprios, tenham benefícios futuros.

A APEEP reitera a importância deste projeto para a Povoação, em especial para os alunos povoacenses, que têm o direito às mesmas condições dos colegas das outras escolas da região.

Assim, a APEEP não espera, da parte dos órgãos de governo da região, outra decisão que não seja a construção urgente de uma nova escola básica e secundária na Povoação.

Atenciosamente,

A APEEP.

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