É manchete notícia
no jornal Açoriano Oriental de ontem, 14 de novembro de 2014, que o governo tem
verba de 580 mil euros no Plano de 2015 para arrancar com a obra do novo Quartel
dos Bombeiros Voluntários da Povoação, mas o que o presidente da corporação
mais precisa é de pagar a dívida no valor de 300 mil euros.
No
Plano de Investimentos do Governo Regional dos Açores para o ano que vem consta
uma verba de 580 mil euros destinada à construção de um novo quartel para os
bombeiros voluntários da Povoação que ficará localizado junto ao campo de
futebol do Mira-Mar, quando há poucos anos o projeto inicial era de 3 milhões
de euros, financiamento chumbado pelo executivo açoriano.
Em
declarações públicas ao jornal Açoriano Oriental, o Presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Povoação, Aurélio Rodrigues Bento,
confrontado com a nova construção, não hesitou em responder: “Mais do que o
novo quartel, o que os bombeiros da Povoação precisavam, era de uma solução
para pagar uma dívida de 300 mil euros que a atual direção herdou da anterior
há quatro anos e que ainda não conseguiu abater por falta de receitas e por
falta de uma solução política, uma vez que os bombeiros da Povoação dependem
quase exclusivamente das transferências financeiras da Proteção Civil e de um
pequeno apoio da Câmara Municipal da Povoação para sobreviver, pelo que sem o
empenhamento destas duas instituições a dívida não será paga”.
Referindo-se
a algumas amortizações, Aurélio Rodrigues Bento, informou que as dívidas aos
pequenos fornecedores, à Segurança Social e ao Fisco estão a ser regularizadas,
mas algumas dívidas maiores estão por pagar, nomeadamente ao fornecedor de
combustíveis, onde se acumula os juros de mora que absorvem os abatimentos que
têm feito, o que provoca uma dívida do mesmo valor do que há quatro anos.
“Por
isso estamos mais preocupados com outras situações do que propriamente se as
obras do novo quartel vão avançar ou não em 2015. O passivo da Associação é de
tal forma grave que estamos totalmente focados a tentar resolver as questões
que herdamos”, referiu o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários da Povoação.
Pronunciando-se
sobre o novo quartel opinou que irá permitir um melhor parqueamento das
viaturas e acomodar convenientemente o corpo de bombeiros que hoje conta com
elementos femininos, situação que não estava prevista nas atuais instalações.
“O
novo quartel abre a esperança em relação à rentabilidade financeira do atual
edifício que poderá ser arrendado ou vendido para serviços públicos do Governo
Regional ou da Câmara Municipal, podendo passar por aí uma parte da resolução
do problema da dívida dos bombeiros, mas tudo está ainda em aberto”, referiu
Aurélio Rodrigues Bento.
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