Na noite de sábado, dia 14
de Setembro, a Associação Portas do Mar recebeu um Serão de Violas da Terra com
alunos da Escola de Violas da Fajã de Baixo e ainda com o projeto Origens de César e Rafael Carvalho. As
cadeiras não foram suficientes para todos os que quiseram assistir ao Concerto.
O Tentorium das Portas do
Mar está estrategicamente posicionado e tem recebido semanalmente inúmeros
concertos, e, este sábado, para além dos que se deslocaram propositadamente
para assistir ao evento, também as pessoas que iam passando ficavam a apreciar
e não arredaram pé até ao final do Concerto.
Na primeira parte do
evento alunos da Escola de Violas da Terra da Fajã de Baixo apresentaram 5
temas do folclore micaelense, com arranjos da própria Escola. Os alunos foram
apresentados e aplaudidos um a um, e o público apoiou a coragem e força de
vontade dos mesmos, principalmente por terem, a maior, parte, mais de 50 anos,
e alguns terem começado a aprender depois dos 60. A mensagem que se quis
passar, para além da nossa música, foi de que nunca é tarde para se começar a
aprender Viola da Terra desde que haja força de vontade.
Na segunda parte do
concerto César e Rafael Carvalho trouxeram temas instrumentais da Viola da
Terra, do vasto repertório deixado por muitas gerações de tocadores, mas,
também, temas originais e outras adaptações de música celta e medieval.
Mais uma vez Rafael
Carvalho aproveitou para falar da história da Viola de Dois Corações, para
relembrar da sua importância no passado e sua relação intrínseca à história dos
Açorianos e da emigração, bem como, do movimento atual de valorização e resgate
da Viola da Terra. Agradeceu ainda a oportunidade dada pelas Portas do Mar mas
apelou à continuidade e regularidade de eventos como este, com estes ou outros
projetos ligados à Viola da Terra.
O público recebeu,
bem-disposto, as explicações, e aplaudiu, fortemente, os temas mais rápidos e
alegres. O silêncio foi total quando o duo tocou a Saudade, mas as palmas foram
fortes e culminaram num aplauso de pé, de todos, com umas variações do Balho
Furado a terminar o evento.
No final as críticas foram
muito positivas, desde o público local aos turistas, tanto para os executantes
da noite pela paixão e alegria demonstradas em palco, como para a organização
do evento, uma vez que, segundo os que nos visitam, são estas manifestações da
nossa Cultura que eles procuram quando nos chegam aos Açores.
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