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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PARA RECORDAR: JUNTOS CONSEGUIMOS TRAMÁ-LOS!

Nunca é tarde para reavivar a memória e procurar decifrar o porquê de tamanha injustiça para com os povoacenses. (artigo com publicação datada de 15/03/2012 no Jornal Açoriano Oriental).

Diz o povo e com razão que “nada melhor do que o tempo para repor a verdade e a justiça”.

Vem isto a propósito do crescente coro de indignação e repulsa que tem vindo a apoderar-se progressivamente de muitos povoacenses, incluindo mesmo muitos “ortodoxos” socialistas que agora percebem e constatam a injustiça da exclusão do concelho do atual Plano Viário de São Miguel.

Quando em 2001 foi conhecida a intenção do governo em avançar com aquelas que hoje vulgarmente se designam como SCUTs, logo a apreensão e o receio se instalaram na Povoação, por correrem rumores de que o concelho ficaria excluído de todo esse processo.

No entanto, diga-se em abono da verdade, creio que nenhum povoacense acreditou que tal viria a ser possível! Mas, como o seguro morreu de velho e conhecendo o “modus operandi” do desejado interlocutor, de imediato a Câmara Municipal da Povoação, repetidas e insistentes vezes, procurou chegar à fala com José Contente, o Super Secretário das Obras Públicas e de outras por publicar.

Porém, todas as diligências, todos os pedidos, todas as comunicações foram como as do poeta “voz clamantis in deserto”. “Honoris causa”, na reprodução da cartilha do chefe, depressa passou a sofrer de partidarite aguda e rapidamente ficou igual aos faróis dos carros, passando a ver só prá frente.

E assim, toda a conceção daquelas que foram as alterações ao Plano Viário de São Miguel foram cozinhadas por “Mestre” Contente e seus pares sem descurar a participação de algum Miguel de Vasconcelos da Povoação, sedento de vingança e crente de que os povoacenses mereciam castigo pelo atrevimento de terem retirado da cadeira da autarquia em 2001 o autarca modelo do PS.

E desta forma, juntos conseguiram tramar severa e injustamente os povoacenses, comprometendo não só o seu presente como o futuro das jovens gerações.

E a questão que se coloca é a de saber se é legítimo que um governo, mesmo que legitimado pelo voto popular, possa excluir um concelho de um projeto tão importante para o seu desenvolvimento?      

Expliquem, se forem capazes, como no território do concelho da Povoação não foi construído um palmo de estrada em regime SCUT?

Expliquem, se forem capazes, como é que a vila da Povoação é a única sede de concelho onde as “SCUT” não chegam?

Expliquem, se forem capazes, se a teoria do desenvolvimento que associam às SCUT só é valida para outros concelhos?

Expliquem, se forem capazes, porque é que passou o acesso a Vila Franca para 4 faixas - megalomania denunciada pelo edil desse concelho nos “panegíricos que teceu sobre as SCUT - e daí à Povoação o percurso continuar a assemelhar-se ao da Montanha Russa?

Devem querer transformar o concelho em algum “centro de dia para idosos”, ou então numa reserva destinada a atrair mais curiosos do que turistas, ávidos de encontrar modos de vida que seus pais lhes narraram. Expliquem lá, se não estão a brincar com os povoacenses, quando dizem que uma viagem entre Ponta Delgada e a Povoação dura menos de 20 minutos?

Expliquem lá, porque é que, entre Ponta Delgada e as diferentes sedes de concelho, via SCUT, só os povoacenses conseguem lubrificar os pneus das suas viaturas com bosta de vaca e treinar a paciência e a perícia para contornar as pachorrentas manadas?

Ora, expliquem lá, porque é que sendo a Povoação um concelho onde a probabilidade da ocorrência de catástrofes naturais é das mais elevadas dos Açores, se afirme que a atual rede viária o serve bem?

Brincamos, não?

Este exemplo e esta postura revelam bem a conceção política de quem joga mais no tabuleiro da demagogia do que no da democracia. E o mais grave é que a nada disto é alheio à concertação socialista participada por atores locais que, para satisfazer os seus objetivos, não se coíbem de trair e prejudicar a comunidade a que pertencem.

Sem qualquer pudor, o seu maior esforço tem sido, tal como o faziam os fariseus, fazer com que a verdade seja sempre, não a real, mas a que lhes convém!

Mas hoje, a realidade e o tempo mostraram que a mentira tem perna curta e os fracos pedreiros atiram o barro à parede mas ela não o segura.

E mesmo na Quaresma, já não basta ao “lobo vestir a pele do cordeiro”.

Francisco Álvares 15/03/2012

Fotos: google imagens




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