Se vir por estes dias um
"autocarro" a navegar rio Tejo acima, rio Tejo abaixo, olhe melhor. É
que a ideia que Frank Lewis Alvarez teve em 2005 - enquanto fazia um MBA em
Harvard - foi finalmente posta em prática.
Os primeiros negócios de
turismo anfíbio começaram a aparecer em 1994 e a ideia de criar um projeto do
género em Portugal nunca foi posta de parte.
Por isso, logo que pôde,
Lewis Alvarez criou a Hippotrip, uma empresa portuguesa financiada por sócios
luso-canadianos num investimento de 1,5 milhões de euros até à data (ainda que
os objetivos da empresa sejam os de ter quatro veículos em circulação - o que
exigirá um investimento superior a 3 milhões de euros com uma expectativa de
recuperação de investimento de entre 3 a 5 anos).
Depois da primeira viagem
- na passada sexta-feira - a Hippotrip quer ter o segundo autocarro a navegar
pelo Tejo (por enquanto há um em funcionamento) até ao final deste ano.
"O lançamento destes
passeios anfíbios traz inúmeros benefícios para a comunidade local, sendo uma
actividade pioneira na Península Ibérica: impulsiona a indústria do turismo na
cidade de Lisboa, gerando dividendos para o estado português, contribuindo para
a criação de novos postos de trabalho e sendo uma motivo de orgulho para os
habitantes da cidade", explica a empresa ao Dinheiro Vivo.
Os anfíbios navegantes têm
o casco de alumínio com base num chassis da Mercedes-Benz e capacidade para 37
passageiros mais um condutor e um guia. E não se pense que foi fácil pôr o
navegante em água fluvial: a empresa diz que foram necessárias dezenas de
licenças das mais diversas entidades, Administração do Porto de Lisboa,
Capitania do Porto de Lisboa e Câmara Municipal incluídas.
Para o arranque, a
Hippotrip vai contratar entre 8 a 10 trabalhadores mas a expectativa, garantem
os fundadores, é chegar aos 30 quando os quatro veículos estiverem em
funcionamento.
A viagem começa na Doca de
Santo Amaro, passa pelo Marquês de Pombal, Jardim da Estrela e termina, depois
de um passeio no rio, no centro náutico de Algés. O passeio de 90 minutos
inclui terra e água, tal como se percebe pelo percurso. Agora, o anfíbio
lisboeta só trabalha de Sexta a Domingo mas a partir de junho a equipa conta
trabalhar todos os dias da semana. A primeira viagem do dia começa às 9 horas e
custa 25 euros para os adultos e 15 euros para crianças (dos 2 aos 16 anos) e
para seniores (maiores de 65 anos).
Fonte: Portos de Portugal
Fotos: Google imagens
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