O novo projeto LIFE+
"Terras do Priolo", apresentado pela Secretaria Regional dos Recursos
Naturais em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA),
arranca a 1 de julho e vai permitir viabilizar o trabalho desenvolvido na zona
nordeste de São Miguel, única região do mundo onde existe aquela pequena ave.
Este projeto, com a
duração de cinco anos, vai permitir a manutenção de 22 postos de trabalho e tem
um financiamento de 3,3 milhões de euros, dos quais 75 por cento são assumidos
por fundos comunitários e os restantes 25 por cento são assegurados pela
Região.
A criação de trilhos
pedestres com novas acessibilidades, a intervenção em gradiente de altitude, o
teste de novas metodologias para controlo de exóticas, a recuperação de
derrocadas e declives e um programa extenso de educação ambiental são algumas
das medidas previstas no novo projeto, que também prevê uma carta de desporto
de natureza, a monitorização de roedores, a visitação da Zona de Proteção
Especial, a monitorização dos trilhos e a recuperação de floresta natural.
O Secretário Regional dos
Recursos Naturais, numa visita que realizou terça-feira ao Centro Ambiental do
Priolo e a várias áreas intervencionadas na Serra da Tronqueira no âmbito do
anterior programa LIFE Laurissilva Sustentável, destacou o "trabalho
excelente" que foi realizado durante a última década pela SPEA nos
concelhos de Nordeste e Povoação.
Para Luís Neto Viveiros,
este trabalho “tem retorno, tanto ao nível dos fundos comunitários que vêm para
a Região, como ao nível da criação de emprego”, numa referência ao facto de ter
sido possível, além da criação de empregos diretos, permitir a formação de mais
de 250 voluntários e estagiários.
Luís Neto Viveiros realçou
ainda que estes projetos desenvolvidos em parceria pelo Governo dos Açores e
pela SPEA potenciam a captação de turistas, gerando “um retorno económico
significativo”, além da mais-valia científica e ambiental, que tem sido
premiada por várias entidades internacionais.
As intervenções realizadas
naquela zona da ilha de São Miguel permitiram retirar o Priolo da classificação
de ave “Criticamente em Perigo”, recuperando 350 hectares de habitat natural
desta pequena ave (laurissilva e turfeira), entre outras ações.
Sem comentários:
Enviar um comentário