Uma mulher hondurenha foi
operada de urgência num hospital espanhol, numa cirurgia que implicou a remoção
de parte do osso do crânio. Quando descobriram que a paciente não tinha a
situação regularizada no país, enviaram-na para casa apenas com o couro
cabeludo a tapar-lhe o cérebro.
María Guzman deixou as
Honduras em 2011 e veio trabalhar para Espanha. Cuidava de uma idosa e enviava
dinheiro para os pais, que ficaram na terra natal a cuidar das suas filhas,
avança a imprensa espanhola.
Em janeiro passado, deu
entrada na urgência do Hospital Geral de Valência com um acidente
cérebrovascular, onde foi submetida a uma cirurgia que implicou a abertura do
crânio e a remoção de parte do osso craniano.
Quatro dias depois, foi
novamente operada. Esteve um mês internada. Segundo a irmã da paciente, citada
pela imprensa hondurenha, os médicos explicaram que María Guzman teria que ir
para um centro de reabilitação especializado para lhe voltarem a colocar o osso
extraído.
Contudo, a família garante
que María Guzman teve alta hospitalar "forçada" quando o hospital
descobriu que a paciente estava no país como emigrante ilegal.
Neste momento, Miriam, uma
das irmãs de María, deixou o trabalho para poder cuidar dela. A família diz não
ter dinheiro suficiente para realizar a cirurgia de que precisa.
Ao saber do caso, a
comunidade hondurenha começou a reunir esforços para angariar fundos para a
cirurgia. Além da operação, María Guzman necessita de medicação que é cara e
não tem comparticipação.
Sem parte do osso craniano
e apenas com o couro cabeludo a proteger o cérebro, "qualquer acidente
pode provocar-lhe a morte", alertou a irmã de María.
Fonte: Jornal de Notícias
Fotos: Google imagens
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