A
primeira das “ partes” diz respeito à luminosa ideia da Câmara Municipal da
Povoação em taxar os estabelecimentos hoteleiros do concelho ainda que de
“forma simbólica” – conforme anunciou. As reações não se fizeram esperar,
desconhecendo-se se o propósito vai ser consumado ou arrumado na gaveta de
outros excessos em que a edilidade é useira e vezeira.
Atendendo
à tez política do atual executivo, dificilmente se compreende o parentesco com
a coligação da República esta sim tão avara com impostos e austeridades por
tudo e por nada. Mas, habituados a certas derivas na condução política da
edilidade, pouco nos surpreende essa peregrina atitude, maioritária nas
presenças mas menor na inteligência.
A
Câmara na penúria dos seus recursos financeiros com um longo passado de
desmandos e desmanchos em tudo o que agora vê luz, é oiro! Até parece que há
petróleo – não no Beato – mas nas Furnas...
A
segunda das “partes” circunscreve-se à utilização das caldeiras da Lagoa também
com os seus “pregos” e “taxinhas”. Ao que se diz para aceder ao local a pé ou a
cavalo um preço de: X; para uma panela de cozido Y e para os “tachos” a criar
quanto? Pergunto eu...
Convém
esclarecer que eu, cidadão nascido nas Furnas e agora residente a tratar do seu
cartão de eleitor, não vou nesse desvario. As Furnas não são recurso ou penhora
para viabilizar compromissos (?), ainda que a freguesia mais importante do
concelho não se exima à solidariedade com as restantes em matéria de desenvolvimento
e progresso. O que há que ter em conta é uma visão de conjunto com a adoção de
medidas concretas e discretas tendo por base uma localidade específica onde
todos metem ou pretendem meter a culher (departamentos da administração
pública). E, a meu ver, não é a Junta de Freguesia, nem a Câmara que são competentes
no ordenamento, preservação e sustentabilidade dos atuais recursos naturais.
Bastas
vezes se tem reclamado a criação de um órgão, organismo, departamento ou o que
mais se aproprie em termos de organização administrativa para tutelar espaços como
Furnas, Sete Cidades etc... onde não haja interferências, sobreposições e
impertinencias do poder regional e local. A quem competirá tal urgência?
Quantas
vezes os nossos deputados já degustaram um cozido nas caldeiras?
Quem
come a carne devia roer o osso!
Paulo Martinho
Paulo Martinho
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