É preciso ver o
seguinte:
Nós importamos mais do que aquilo que produzimos. Estamos tão ligados e
dependentes do estrangeiro, que se houver um "espirro", os Açores
constipam-se, logo, assim que surgir algum problema ou situação
político-económica mais grave a nível exterior, são os açorianos novamente a
estarem no centro do assunto.
Sim,
porque não tou vendo a marinha portuguesa e nem o Governo português mandarem
para o arquipélago toneladas e toneladas de alimentos só para sustentar 250.000
almas que vivem no meio do mar. Somos nós que temos que nos bastar a nós mesmos
e deixar de estarmos fiados que sejam os outros a tomarem as nossas rédeas,
dando o sustento e a papinha feita. Estamos perante um paradigma imensamente
ambicioso com pretensões à universalidade.
Puro
engano. A história repete-se sempre.
O
modelo de sociedade que esse sistema tenta impor na Terra, não só é
incompatível com aquilo que de melhor existe na condição humana como configura
uma ameaça concreta à própria continuidade da vida no planeta.
A
história ensina-nos que não há impérios eternos.
Portanto,
quer queiramos quer não, esta economia global tem pés de barro e é até bastante
frágil, por isso, os açorianos não terão outro remédio senão voltarem-se outra
vez todos para a terra, e em vez dos centros comerciais, dos hotéis e dos
hipermercados, vão passar a criar lindas terras e lindos campos de cultivo nas
suas ilhas, tal como faziam os nossos avós e os nossos bisavós se realmente
quiserem sobreviver.
O
mesmo convite é também viável para todos os amigos estrangeiros e do continente
que aqui residem porque o "sacho" nas mãos não é só para uns, mas sim
para todos, e se não sabem sachar terra, ainda estão em boa idade de aprender
porque não são melhores que os nativos!
Por: Pedro Paiva
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