Um
aneurisma cerebral que desapareceu sem que os médicos conseguissem explicar
porquê, depois de a doente pedir a intercessão do então Papa, foi o caso
decisivo para a Igreja considerar João Paulo II santo
Floribeth
Mora Díaz, da Costa Rica, tinha um aneurisma que a deixava, segundo os médicos,
em estado terminal. Deitada numa cama, mal se mexia. Semanas depois, no
entanto, o médico Carlos Vargas olhava incrédulo para os novos exames: do
aneurisma nem o mais pequeno sinal.
Agora
sorridente, Floribeth explicava que se tratava de um milagre que tinha pedido
ao então papa João Paulo II.
O
médico analisou repetidamente os exames, foi ao laboratório do Hospital
confirmar o resultado de umas análises, releu todo o caso, mas, nas palavras da
antiga doente, à BBC, acabou por considerar o caso "inexplicável" por
não encontrar qualquer sinal do aneurisma.
O
diagnóstico dramático tinha sido feito em abril de 2011. A dona de casa e
estudante de direito ficou devastada e a sua saúde deteriorou-se rapidamente.Tinha
dores de cabeça e começou a ter dificuldades em falar e em usar a mão esquerda.
Cerca
de um mês depois do diagnóstico, viu na televisão a cerimónia de beatificação
de João Paulo II, que considerava um "homem especial". Depois de lhe
rogar intercessão pela sua saúde, na mesma noite, garante ter ouvido uma voz
que lhe pedia que "se levantasse e não tivesse medo".
"Não
me levantei de uma vez, mas comecei a sentir paz, a minha agonia
desapareceu", conta. "O processo de cura do meu corpo ocorreu
paulatinamente", concluiu.
A
consulta que deixou o médico Carlos Vargas boquiaberto foi em novembro desse
mesmo ano.
Este
alegado 'milagre' foi decisivo para que a Igreja Católica decidisse canonizar
Karol Wojtyla. A cerimónia está marcada para o próximo dia 27 de abril.
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