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sábado, 8 de dezembro de 2018

ATLETA POVOACENSE HÉLDER FORTUNA SUBIU AO PÓDIO NO AZORES ISLANDS TRIATHLON


Foto de: Triatlo Portugal
Realizou-se no passado dia 3 de novembro de 2018 o Campeonato Nacional Individual de Triatlo e o CN de Clubes Triatlo de Longa Distância na cidade de Ponta Delgada, prova que contou com a participação do atleta povoacense Hélder Rui Pimentel Fortuna, que conta 39 anos de idade e que atualmente vive em Ponta Delgada. Este ano foi o seu terceiro ano consecutivo a participar no Azores Islands Triathlon.

O atleta povoacense iniciou-se nesta modalidade por influência de dois amigos que o lançaram um desafio.

Em 2016 fez o Triatlo Sprint que correspondeu a 850 metros de natação, 20 km de bicicleta e 5km de corrida. Terminou a prova na 26° posição, com o tempo total de 1hora e 49minutos, no universo de 47 atletas. O triatlo sprint é uma prova de promoção para quem quer iniciar-se na modalidade.

Foto de: Carlos Ribeiro
Em 2017 Hélder Fortuna e os amigos decidiram preparar-se para a prova do Triatlo Longo, a preparação iniciou-se de imediato. Por ser uma prova Longa de resistência exigia muito tempo para treinar, estamos a falar em média 4 horas de natação, cerca de 120 km de bicicleta e de 30km de corrida por semana. “Muitas vezes era quase impossível cumprir estas metas mas fazíamos os possíveis para conseguir” afirmou Hélder Fortuna ao Um Olhar Povoacense.

O Triatlo Longo é composto por 2 km de natação, 84 Km de bicicleta e 21km de corrida (correspondente a um half Ironman), Hélder e o seu colega conseguiram terminar a prova, sendo esse o objetivo a alcançar, ficaram em 31° e 32° lugar respetivamente, com 6horas e 46minutos num universo de 71 atletas.

Foto de: Triatlo Portugal
Este ano de 2018 como foi o Campeonato Ibérico de Triatlo de Longa Distância, em que as distâncias quase duplicaram, estamos a falar de 4 Km de natação, 120km de bicicleta e 30 km de corrida, Hélder e os colegas decidiram que não era possível alcançar este objetivo e voltaram a fazer o Triatlo Sprint. A preparação não foi a que mais desejava fazer, pois este desporto exige muita disponibilidade, mas mesmo assim conseguiu uma boa classificação geral tendo ficado na 13° posição com 1hora e  38minutos a 12 minutos do primeiro classificado num universo de 31 atletas. Pela primeira vez foi atribuído classificação por escalões, onde o atleta povoacense conseguiu ficar em 2° lugar no escalão dos 35-39 anos e o seu amigo Paulo Tavares no 3° lugar.

Agora é esperar pela próxima prova, se regressar ao Triatlo Longo com as distâncias normais (half Ironman), posso ponderar participar para melhorar a minha marca, senão é continuar com as distâncias curtas e rezar que não apareça nenhuma lesão.”

Um Olhar Povoacense - Como surgiu o desporto, e o triatlo em particular, na tua vida?

Hélder Fortuna - Desde novo sempre gostei de praticar desporto, iniciando na escola e depois mais tarde na equipa sénior de Voleibol da Associação Desportiva da Povoação. O Triatlo foi um desafio lançado por dois amigos e colegas de trabalho, que me desafiaram a fazer uma prova de Triatlo. O desafio consistia numa preparação de 3 anos, participando nos dois primeiros anos em provas de triatlo Sprint e no terceiro ano numa prova de Triatlo Longo. E assim foi.

U.O.P. -  O que sentiste ao subir ao 2º lugar do pódio no Azores Triathlon?

H.F. - Só para esclarecer eu fiquei em 2 lugar no escalão 35-39 anos. Na posição geral fiquei em 13° lugar. Fiquei muito surpreendido, tinha conhecimento do meu tempo mas não sabia dos outros participantes. Primeiro chamaram o meu amigo para a terceira posição, ficamos a rir os dois, ele pensava que estavam a chamar outra pessoa, mas não, era mesmo ele. Depois fui eu para a segunda posição. Foi a primeira vez no Azores Islands Triathlon que foi atribuído classificação por escalões.

U.O.P. - Quantas horas treinas por dia e como organizas os teus treinos?

Este desporto exige muito tempo de treino. Este ano não consegui ter disciplina para treinar o que desejava. Normalmente para a prova que fiz durante o ano treino 3 horas de bicicleta, 2 horas de corrida e 1 hora de natação por semana. Nos últimos dois meses antes da prova intensifica-se mais um pouco os treinos, sempre que há uma oportunidade tento fazer no mínimo dois treinos por dia ou então se há tempo um treino de transição entre natação e bicicleta ou bicicleta e corrida. No ano passado como fiz o Triatlo Longo a preparação foi mais disciplinada, treinava com mais intensidade, distâncias maiores, foi um ano muito desgastante fisicamente.

U.O.P. - Como consegues conjugar a tua exigente atividade profissional com a desportiva?

Consigo conjugar bem as duas coisas. Quando estou de folga faço os treinos de bicicleta ou natação, caso não consiga faço uma corrida rápida. Por vezes acordo às 6 da manhã para ir andar de bicicleta ou correr para depois poder estar em casa a horas de preparar os meus filhos para irem para a escola. Outros dias vou treinar depois das 21horas depois de estarem todos na cama . Quando estou fora corro sempre, não importa onde estou levo sempre o equipamento de corrida. O único problema em conjugar as duas coisas é o descanso e alimentação que para quem perde noites e anda com fusos horários trocados é complicado, mas com algum sacrifício tudo se consegue.

U.O.P. - Quando estás em fase de preparação para alguma prova, segues algum treino mais específico?

H.F. - Sim temos treinos específicos. Treino principalmente dois desportos consecutivos, natação e bicicleta ou bicicleta e corrida. A passagem de uma modalidade para outra é complicado, o nosso corpo está durante algum tempo a fazer uma coisa e depois em 2 minutos passa a fazer outra usando outros músculos outro ritmo. Este ano como fiz a prova Sprint treinei mais a nível de rapidez do que resistência.

U.O.P. -  Qual o tipo de treino que te custa mais fazer?

H.F. - Em geral não tenho nenhum que me custa mais a fazer. No entanto a bicicleta é o mais complicado a nível de disponibilidade. Para ter bons tempos temos que andar muito e fazer voltas grandes, muitas horas em cima da bicicleta é mais complicado ter essa disponibilidade.

U.O.P. -  O que costumas comer antes e depois de uma prova?

H.F. - No dia da prova de amanhã é sempre aveia com mel e frutos secos, três ovos mexidos com uma pera abacate e um café.

U.O.P. -  Qual é o prato a que não consegues resistir?

H.F. - São muitos, gosto muito de comer. Tenho este problema.

U.O.P. - Tomas algum suplemento alimentar?

H.F. - Nenhum. Sei que devia tomar e sei que se calhar era capaz de ter um melhor desempenho, mas por opção minha não tomo nada. Durante a prova tenho sempre comigo uma bebida isotónica, banana, e um gel energético caso tenha falta de açúcar. O ano passado na prova Longa tive que usar barras energéticas.

U.O.P. -  Como lidas com o nervosismo antes das provas?

H.F. - Não tenho assim nada de especial para controlar o nervosismo. Existe sempre aquele formigueiro na barriga, mas depois do sinal de partida tento desfrutar do momento e controlar o ritmo depois disso o nervosismo passa.

U.O.P. -  Existe alguma prova específica que gostarias de vencer?

H.F. - Não tenho ambição de vencer uma prova, conseguir resultados que me permita um primeiro lugar é necessário muito treino, muita disponibilidade e tenho consciência que não consigo. Tenho sim é ambição em participar em provas diferentes e se conseguir já é uma vitória para mim.

U.O.P. -  Que desejos para o futuro a nível desportivo?

H.F. - É tentar treinar sempre que houver disponibilidade e o máximo que puder para que sempre que me sentir preparado participar nas provas que eu achar que possa participar, seja triatlo ou atletismo.

U.O.P. -  Que mensagem gostarias de deixar aos desportista, em especial da tua faixa etária?

H.F. - Pratiquem desporto, só faz bem, tentem fazer alguma coisa, nem que seja andar. Eu quando via Triatlo na televisão pensava para mim que este desporto era para super homens/mulheres. Depois de participar e de estar dentro deste desporto vejo que tudo é possível, só por curiosidade a faixa etária que mais pratica triatlo são homens e mulheres com mais de 35 anos. Corro lado a lado com senhoras com mais de 40 anos, com homens de 40, 50 e 60 anos de idade muitos deles fazem bons tempos de prova. Tenho um colega com 48 anos, que alguns anos atrás pesava 118 kilos, em dois anos reduziu para 85 kilos e começou a praticar Triatlo, neste momento faz há volta de 6 Triatlos longos por ano e não para. São estes exemplos que me dão vontade de continuar e de querer praticar mais desporto embora muitas vezes seja necessário fazer sacrifícios. Por isso não parem mexam-se, façam alguma coisa.

Povoação, sábado, 8 de dezembro de 2018.


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