Lucas Medeiros Amaral Nascido a 9 de dezembro de
1999 em Mississauga (Toronto), Canadá. Mudou-se para São Miguel com apenas 3
meses de vida. Iniciou a sua formação musical em Setembro de 2010 com apenas 10
anos de vida. Inicia a sua formação em solfejo com o trompetista e vizinho,
Hugo Araújo, durante 3 meses.
Após acabar a sua formação de solfejo, começa com a
formação em saxofone soprano, tendo como seu formador Dâmaso Vasconcelos. Este
primeiro nível de aprendizagem prolongou-se durante meses, com aulas todos os
dias, até integrar os ensaios da Sociedade Filarmónica Marcial Troféu, onde,
durante 2 anos, teve aulas todos os Sábados com o primeiro Sargento Músico
Daniel Caceiro, que contribui decisivamente para a sua formação.
Em 2011, o maestro Diogo Carvalho toma conta da
batuta da desta agremiação povoacense. Sob a sua liderança verificou-se um
grande salto qualitativo nesta banda e foi sob a sua orientação que preparou as
provas de ingresso no Conservatório regional de Ponta Delgada.
Lucas Amaral e Daniel Caceiro |
Em 2014 ingressa na Orquestra Ligeira da Câmara
Municipal da Povoação, sendo dirigido pelo maestro Paulo Rodrigo Leite. No
mesmo ano, o saxofonista povoacence realiza as provas para o Conservatório
Regional de Ponta Delgada, sendo eleito e aprovado. Durante 1 ano letivo foi
aluno do professor Rui Piques e 2 anos com o professor Inácio Freire.
Em 2015, dá-se um grande passo na vida deste jovem
músico, que potenciou o seu crescimento musical. Este instrumentista povoacence
ingressou na Orquestra Regional Lira Açoriana, integrando o naipe de saxofones
e realizado diversos estágios por várias ilhas dos Açores: Terceira, Flores e
Graciosa, São Miguel, Pico, Faial e São Jorge. Participou, também, em várias
masterclasses com os professores, Frederico Azenha, Alexandre Madeira,
Elisabete Adão, Nuno Mendes, João Pedro Silva e José Massarrão.
Em 2018 ingressa nas fileiras do Exército, fazendo
parte da Banda Militar Dos Açores, onde é soldado músico desde julho de 2018. O
jovem povoacence também reforçou várias Filarmónica da ilha, como por exemplo,
Sagrado Coração de Jesus (Faial da Terra), União e Amizade (Nossa Senhora dos
Remédios) Filarmónica São Paulo (Ribeira Quente), Santíssimo Salvador do Mundo
(Ribeirinha) Harmonia Mosteirense (Mosteiros) Triunfo (Ribeira Grande) entre
muitas outras... Foi, igualmente, dirigido pelos maestros de renome Nacional,
neles São, Paulo Martins, Henrique Piloto e Alberto Roque.
Lucas Amaral com colegas da Marcial Troféu |
Embora ainda bastante jovem, Lucas Amaral revela já
uma maturidade assinalável e uma dedicação à música completa, trabalhando
arduamente para realizar os seus bem definidos planos para o futuro: pegar um
dia na batuta de uma filarmónica (quem sabe se a da sua Povoação onde
cresceu?); integrar os quadros permanentes do exército e prosseguir a sua
carreira militar e, por fim terminar o 8.º grau do Conservatório. Com esta
determinação e empenho augura-se a este promissor músico um futuro risonho.
Texto: Rúben Manuel Bettencourt
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Testemunho do Maestro Diogo
Carvalho
"Durante o tempo em que assumi as funções de Maestro da Sociedade
Filarmónica Marcial Troféu (SFMT), deparei-me com um vasto número de jovens
povacenses reveladores de um potencial musical ímpar.
Será necessário recuar ao ano de 2011 para relembrar o meu primeiro
encontro com o Lucas Amaral. Era uma criança, entusiasmo como poucos pelo seu
instrumento e um elemento sempre assíduo aos ensaios, com a presença do seu
pai, também este músico. Desde cedo, manifestou um interesse acima da média
pela aprendizagem musical, quer na prática ao Saxofone, quer na sua componente
teórica. Por manifestação desse seu interesse e mérito da sua persistência
procurou sempre ir mais além no seu desempenho. Por conseguinte, optou por ter
aulas privadas de Saxofone, com o apoio da SFMT e em Ponta Delgada, com o
professor Daniel Caceiro, nunca descurando a sua participação nas aulas e
ensaios da Filarmónica. Um exemplo! Aos poucos vai crescendo no seio da
Filarmónica, assumindo-se paulatinamente como um elemento de destaque no naipe
dos Saxofones. Ingressa no Conservatório Regional de Ponta Delgada na classe de
Saxofone, empregando um esforço digno de registo no que às viagens semanais
entre a Povoação e Ponta Delgada diz respeito, com o auxílio imprescindível do
seu pai Luís Amaral. Recentemente ingressa na Banda Militar dos Açores e nos
dias de hoje assume-se como uma referência no Saxofone na sua Banda e no
Concelho da Povoação.
Foi uma honra poder partilhar momentos de aprendizagem mútua com o Lucas
Amaral!
Que este momento atual seja o ponto de partida para patamares
superiores.
Com estima e amizade, Diogo Carvalho."
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Testemunho do músico e
dirigente Dâmaso Vasconcelos
LUCAS AMARAL, VIRTUOSO "MADE IN" POVOAÇÃO!
Quando se fala em jovens músicos, hoje em dia temos que ter atenção a este jovem saxofonista que apresenta já um currículo invejável!
Desde as primeiras aulas percebeu-se que o Lucas se destacava de entre os alunos da SFMT daquele ano. Talvez por já trazer o "bichinho da música", é filho de músico consagrado da nossa terra, mostrou logo de início ser dono de talento raro e ao que vinha!
Queria que o seu futuro passasse pela Música!
Mas o enorme sucesso do Lucas não é fruto da "sorte", de ter dom natural ou vocação para a música. O sucesso dele advém maioritariamente da dedicação e empenho que ele se predispôs a ter para conseguir "ser alguém" no meio musical. Horas incontáveis de estudo, de trabalho, de paciência, de sacrifício, sempre bem acompanhado pela sua família, fazem do Lucas o saxofonista virtuoso que é hoje.
Teve também a grande oportunidade de ser acompanhado desde cedo por excelentes professores (Daniel Caceiro, Rui Piques, Diogo Carvalho, André Pinheiro, Hugo Araújo, entre outros) os quais contribuíram ativamente para o excelente desempenho musical que Lucas tem granjeado!
Atrás dos bastidores, para se conseguir este acompanhamento e consequente evolução, não foi fácil. Implicou esforço familiar considerável, uma vez que obrigou a inúmeras deslocações semanais a Ponta Delgada mas que, como se vê, foi muito bem aproveitado!
Pessoalmente sinto enorme felicidade por tudo o que ele já conseguiu, que ainda vai conseguir, em ser colega músico dele. Enquanto dirigente da Sociedade Filarmónica Marcial Troféu, sinto orgulho por termos contribuído, na medida que nos foi possível, na formação musical e humana do Lucas Amaral!
Por fim, mas talvez mais importante, o Lucas sempre aliou à sua invejável mestria técnica uma qualidade humana que muitos perdem pelo caminho: a humildade! Sempre disposto a colaborar, sempre de boa vontade e bem disposto!
Votos de muitos êxitos pessoais e profissionais! Estamos atentos e a torcer por ti sempre!
Bem hajas Lucas!
Dâmaso Vasconcelos
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Testemunho do Maestro Hugo Araújo
O LUCAS É
UM DOS MÚSICOS MAIS PROMISSORES DA NOSSA ILHA
Quando
assumi o comando da Sociedade Filarmónica Marcial Troféu pela primeira vez,
lembro-me de ver muitas crianças inscritas e preparadas para começar a escola
de música entre elas estava o Lucas.
Com o
passar da formação e das aulas que ia exercendo, havia alunos que se destacavam
mais que outros o que pode ser normal mas o Lucas foi sem dúvida o que mais se
destacou pois conseguiu absorver toda a matéria necessária para se tornar num
músico bastante completo.
Apesar de
tudo, e na minha opinião, sempre achei que o Lucas deveria ter seguido trompete
mas acabou por escolher o saxofone. Acabando então a sua formação auditiva
comigo, decidi falar com o professor Daniel Caceiro que actualmente exerce
funções na Banda Militar dos Açores e juntamente com a parceria da Marcial
troféu, o Lucas começou a ter aulas individuais de Saxofone.
Posto isto,
a sua evolução foi cada vez mais notória e natural e hoje fico feliz por ter
ajudado alguém no seu futuro como músico, mais que isso, houve sempre uma boa
amizade e no que estiver ao meu alcance, estarei sempre pronto a ajudar.
Quanto ao
futuro, acredito que o Lucas ainda tenha os seus melhores momentos pela frente.
O mundo da
música está cada vez mais forte e é importante ter sempre presente a noção que
precisamos crescer muito quer interiormente quer exteriormente.
Dominar um
instrumento requer muitas horas de trabalho e de sacrifico. E é exatamente nos
momentos de maior dificuldade e de sacrifício que realmente vemos a nossa
verdadeira capacidade de reagir e de dar a volta por cima.
Continuação
de boa progressão e saudações musicais Lucas!
Hugo Araújo
Povoação,
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
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