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terça-feira, 9 de setembro de 2014

REPIQUES DA SAUDADE: RECORDANDO O POVOACENSE FREI ELIAS, NATURAL DO FAIAL DA TERRA

A 9 de junho 1974, na Clínica do Bom Jesus em Ponta Delgada, falecia prostrado por doença súbita o padre Elias Resendes André, mais conhecido por Frei Elias do Monte Carmelo. De idade contava apenas 48 anos incompletos, pois nascera a 21 d’agosto 1926 na freguesia do Faial da Terra, “lugar assim chamado por ser antigamente aquele vale coberto de muitas e altas faias, com raras sombras de brandos vimes, e outras espessas de verdes árvores.” (Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, Livro IV, Pg. 144, Ed. 1998).

O Padre Elias era filho de António Resendes André e de Maria Amelia Pacheco.

Em 1946, o Elias era aluno do primeiro ano de Filosofia no Seminário d’Angra.

Após a ordenação sacerdotal a 1 de junho 1952, o Elias seguiu p’ró Continente, estagiando com o padre Américo na Casa do Gaiato em Paço de Sousa e no Tojal. Regressou a S. Miguel em outubro, iniciando a Obra do Gaiato, originalmente instalada num espaço reservado no edifício da Estação Agrária Distrital em S. Gonçalo. Em breve se deu conta que as acomodações eram exíguas p’ró funcionamento dos dois serviços.

Procurando solucionar o problema, o padre Américo deslocou-se a S. Miguel reunindo-se com a Junta Geral. Valendo-se dum legado de Alice Moreno, completou-se a transferência da Obra do Gaiato p’ra uma propriedade no Monte Alegre na freguesia das Capelas, (que foi Vila de 1839 a 1853). Concluídas as devidas adaptações, a Casa do Gaiato entrou a funcionar ali a partir de 2 d’abril 1956.

Entretanto, em julho desse ano falecia o Padre Américo. Foi então que o Padre Elias promoveu o Instituto Apóstolos da Rua e professou com o nome Frei Elias do Monte Carmelo. Em 1961 fundou o “Calvário” p’ra doentes incuráveis e destituídos de amparo de familiares ou de apoio de instituições adequadas.

Seguidamente abriu o “Ninho” p’ra crianças dos três aos seis anos d’idade, e o “Lar” p’ra rapazes estudando e trabalhando em Ponta Delgada. Fundou ainda e dirigiu o jornal “O Apóstolo da Rua.” Com o seu estilo desassombrado e empolgante marcou presença assídua na imprensa regional. E como pregador demonstrou uma erudição extraordinária, que a todos comovia e arrebatava.

A cerimónia das exéquias de Frei Elias, com missa de corpo presente na Capela do Coração Imaculado de Maria, em Ponta Delgada, constituiu um impressionante tributo da mais sentida e profunda saudade à memória dos seus 22 anos de autêntico apostolado sacerdotal. Os seus restos mortais foram a repousar no Cemitério de S. Joaquim em Ponta Delgada.

O seu funeral realizou-se a 11 de Junho de 1974, após missa de corpo presente cocelebrada por 50 sacerdotes, na Capela do Coração Imaculado de Maria, em Ponta Delgada.

Fonte: Ferreira Moreno

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