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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

OS RACISTAS DAS BICICLETAS

Estupefacto fiquei quando um certo individuo partilha a informação do acidente ocorrido ontem na estrada da lagoa das furnas para a página facebook “Eu Ando de Bicicleta em São Miguel”, referindo-se ao último parágrafo como racista.

“Vejam o último comentário... Para quem supostamente detém um blog imparcial, a meu ver estão a ser "racistas"...”

O indivíduo que partilha descrevendo a frase acima é ou faz-se paranoico!

Saberá ele o significado de “racista”?

Será ele conhecedor das atuais regras das bicicletas na via pública (estrada)?

É vê-los por aí a infringir sistematicamente estas mesmas regras de forma inconsequente pelas nossas estradas fora!

Sou 100% a favor das bicicletas, sem dúvida, por isso também possuo uma, não sendo esta a questão em causa no último parágrafo que o individuo aponta como racista.

Ser amante da natureza nada tem a ver com regras de trânsito!

Proclamar-se defensor da natureza e da prática saudável desportiva do pedal nada tem a ver com regras de trânsito!

Até concordo que existem muitos condutores inconsequentes e sem qualquer tipo de cuidado e civismo quando deparam-se com uma bicicleta na estrada, mas também existem muitos ciclistas que se acham donos desta mesma estrada, chegando ao ponto de pedalar lado a lado ocupando a faixa de rodagem, quando as regras em vigor indicam precisamente o oposto etc….

O pormenor torna-se relevante em caso de acidente, tal como a questão da condução dos ciclistas em fila e encostados o mais possível à berma da estrada, regra estipulada por lei.

Aqui no nosso meio não estamos nem podemos falar em grandes cidades como Lisboa ou Porto, sendo uma realidade completamente diferente.

A questão apontada no último parágrafo é simplesmente só uma, a equiparação dos velocípedes a automóveis e motos a partir do dia 1 de janeiro de 2014, colocando uma série de questões pertinentes aos seres racionais. Quanto ao imposto de circulação é mais uma questão que daria um enumerado seguimento de discussão.

Leiam o artigo que se segue

Seguro obrigatório para bicicletas defendido pelo ACP

O novo Código da Estrada, já aprovado e a aguardar publicação em Diário da República, acaba, por exemplo, com a discriminação dos velocípedes na regra geral da cedência de passagem, e passa a ter prioridade todo o veículo que se apresente pela direita, no caso de não haver sinalização.

"Dado que os ciclistas estão em igualdade de circunstâncias em relação a um veículo a motor e têm um determinado número de regalias novas, a partir daí é fundamental que também tenham um seguro de responsabilidade civil contra terceiros, como têm os carros, os motociclos e tudo o que circula na via pública", disse à agência Lusa o presidente do ACP, Carlos Barbosa.

Para o responsável, a partir do momento em que "têm equivalência aos veículos motorizados", as bicicletas devem ter "o mesmo seguro para responsabilidade de terceiros", no caso de estarem envolvidos nalgum acidente.

Carlos Barbosa prevê ainda que as novas regras do Código da Estrada tragam mais acidentes com bicicletas: "A coexistência entre automobilistas e ciclistas nem sempre é pacífica. Tenho receio que, ao aprenderem a conviver, haja vários acidentes e problemas. Acho que é fundamental todos os ciclistas, até para sua própria protecção, terem um seguro de responsabilidade civil".

Entre as novas regras do Código da Estrada dirigidas aos velocípedes está o fim da obrigatoriedade de circular o mais à direita possível, podendo os ciclistas reservar uma distância de segurança face à berma.

Os condutores de automóveis passam a ser obrigados a assegurar uma distância mínima lateral de 1,5 m relativamente ao ciclista e a abrandar a velocidade durante a sua ultrapassagem.

Duas bicicletas passam a poder circular lado a lado numa via e permite-se a sua circulação em corredores BUS, quando tal for autorizado pelas câmaras municipais.

Segundo o ACP, o novo Código equipara as passagens para velocípedes às passagens para peões, tendo agora os condutores dos outros veículos de ceder passagem aos condutores de velocípedes nos atravessamentos em ciclovia.

Numa década, entre 2002 e 2011, o número de ciclistas intervenientes em acidentes com vítimas aumentou cerca de 10%, enquanto os desastres com condutores de outros veículos apresentaram uma redução de 23%, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

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