O
povoacense Jacinto Manuel de Arruda, antigo Presidente da Câmara e Recebedor do
Estado. Lançou a primeira pedra e fez a inauguração dos Paços do Concelho da
Povoação.
Não
foi de braços caídos, nem sem graves incómodos, farto e exaustivo labor, que os
povoacenses do fim do século passado, conseguiram a sua independência
administrativa, desanexando do Concelho do Nordeste, a sua “Povoação Velha”, e
elevando a Vila, a sede de Concelho.
Não
foi tal.
Os
nossos vizinhos nordestenses por nada queriam largar esta preciosa parcela do
seu âmbito Concelhio. E faziam desesperados esforços para que esta lhes não
escapulisse das mãos.
E
por tal forma que, passados trinta anos, no discurso proferido pelo Presidente
da Câmara, Jacinto Manuel Arruda (1),
no solene ato da inauguração dos Paços do Concelho, naquele dia 4 de abril de
1869, ele disse:
“Chegou
então a ephoca da nossa redempção e alguns patriotas empreenderam e conseguiram
emancipar-se da dependência em que nos achávamos da Villa do Nordeste, para
onde contribuíamos como colonos, sem nunca sermos contemplados no orçamento dos
melhoramentos municipais.”
“Era
triste o nosso estado n’esse tempo, em que a Povoação queria progredir, e só
encontrava obstáculos da parte dos seus administradores.”
(1) Bisavô
do Dr. José Pacheco Vieira, Inspetor de Saúde do Distrito de Ponta Delgada e do
Dr. João Pacheco Vieira. Jacinto Manuel
de Arruda faleceu na Povoação, a 28 de Setembro de 1904.
Fonte: extraído do livro de Francisco Botelho, 1958.
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