O que une mais os açorianos, são a fé e o culto, em Honra do Divino Espírito Santo, porque trata-se das maiores festividades religiosas dos açores, em que o Divino é a nossa proteção nos momentos de muitas aflições deste povo açoriano, bem como das catástrofes naturais e até outras intempéries.
Após o domingo de Pentecostes, segue-se logo no dia a seguir a Segunda-feira do Divino Espírito Santo, que também é conhecida por Segunda-Feira da Pombinha, e até mesmo o dia da Açorianidade, ou seja, o Dia da Autonomia. Não há freguesia nenhuma em todas as ilhas dos açores que nesses dias não se celebram essas festividades, porque o culto ou até mesmo a “genica” do nosso povo em cada espaço existente no nosso meio que nos rodeia, não deixa de se manifestar a nossa religiosidade açoriana.
Todos nós sabemos que é nesse dia “Segunda-Feira da Pombinha” que é servida as tradicionais Sopas do Espírito Santo, e quase sempre por volta das 24 horas para dar o encerramento ás mesmas, e uma forma de agradecer o fim das festas e a esmola oferecida, ou partilhada entre todos.
“Todas as freguesias possuem pelo menos um Império, pequeno edifício com arquitectura muito distinta onde são realizadas as actividades do culto. Esta arquitetura varia muito de Ilha para Ilha, podendo ser um simples telheiro ou até mesmo capelas muito ornadas e encimadas pela Coroa Imperial.
Dezenas de voluntários juntam-se e dão o seu melhor para homenagear o Divino Espírito Santo. As ruas são enfeitadas com luzes, verduras bandeirinhas e o espírito de comunidade e unificação toma conta do povo dos Açores”.
Outra curiosidade, também marcante nas referidas festas, para além das Sopas, é a distribuição da massa sovada, carne, vinho de cheiro, bem como o arroz doce, suspiros, entre outras iguarias…
De igual forma, as funcionárias do Posto de Turismo de Furnas, reuniram-se e organizaram as Festas do Divino Espírito Santo, ornamentando o referido Posto com a Coroa e outros enfeites alusivo às Domingas, e num ato de fé e de partilha cozinharam as tradicionais sopas e arroz doce cozido no solo das Caldeiras das Furnas, conforme demonstra as fotos em anexo, e distribuíram pela vizinhança e por alguns turistas que passavam no momento, o que veio a enaltecer e reviver um pouco essas festividades, uma vez que não se podia fazer num local fixo parta quem quisesse ser servido devido ao distanciamento pelo período menos bom que estávamos a atravessar, (COV-19). No entanto é também de agradecer a amabilidade dos vizinhos naquilo que partilharam com as referidas funcionárias do Posto de Turismo, para que as cerimónias concretizassem-se com pompa e circunstância.
24 de Maio de 2021
João Costa Bril.
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