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quinta-feira, 24 de junho de 2021

AMAR

Era como o nevoeiro 

O teu nome, o teu cheiro, 

A voz suave, o desejo

Por um beijo 

Debaixo da almofada

já tão gasta a foto do teu rosto

Das lágrimas caídas meu rosto


E eu tentava esquecer

E morria a cada dia 

Que passava sem te ver

Sem ti o tempo não vertia

Sem ti o sol não me aquecia

Nem o luar aparecia

A minha alma tão vazia

E posso dizer que morri

Desci ao fundo mais profundo 

enlouqueci.

Era um triste moribundo 

Até que por fim sorri


Era hora de viver

Abrir os olhos renascer 

Nada sentir 

Como uma máquina agir 

Crescer

Esquecer para viver

Ser outro ser desconhecido 

Como uma máquina agir 

Alguém novo

Nada sentir 


E vi-me tão fortalecido

Tão valente e destemido 

Que era capaz de te enfrentar 

Julgava eu sem hesitar 

Mas tu Pediste-me em namoro 

Caiu o muro, desmoronou o choro 

E disse sim sem pestanejar 

E digo agora com certeza 

Nunca mais te vou largar.


Rúben Moreira 

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