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sábado, 12 de junho de 2021

FALECEU O REVERENDO ANTÓNIO JOSÉ PIMENTEL CASSIANO FILHO DA PARÓQUIA DE FURNAS

É com a mais profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do Reverendo António José Pimentel Cassiano, filho da Paróquia de Furnas, foi um grande ser humano em todos os aspetos, estava sempre pronto servir e ajudar quem dele mais precisava.


O seu velório será na Igreja de Nossa Senhora da Alegria, Furnas e o funeral será amanhã, 13 de junho, pelas 15h, presidido pelo Vigário Episcopal de São Miguel.


Um Olhar Povoacense endereça as sinceras e sentidas condolências à sua família, à Ouvidoria da Povoação e a todos seus amigos. Que Deus lhe tenha no seu Santo Reino.


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Nasceu na freguesia de Furnas no dia 3 de dezembro de 1943, filho de António de Sousa Cassiano e de Irondina Tavares Pimentel, neto paterno de António da Silva Cassiano e de Maria da Glória Sousa e materno de João Pimentel e de Maria dos Anjos Tavares.

Foi batizado na igreja de Santa Ana, da mesma freguesia, no dia 25 de dezembro de 1943 e crismado, na mesma igreja em 1954.


Concluída a então chamada Escola Primária na freguesia de Furnas, ingressou no Seminário Episcopal de Angra, com 10 anos de idade, no ano letivo de 1954/1955.


Completados os estudos teológicos do Curso dos Seminários, foi ordenado sacerdote, com mais dez colegas, por D. Manuel Afonso de Carvalho, na Sé de Angra, no dia 29 de Maio de 1966, Festa de Pentecostes.


No ano letivo de 1966/1967 frequentou o antigo Pós-Seminário, tendo feito o seu estágio pastoral na paróquia da Sé de Angra, ficando a seu cargo a assistência aos grupos de JOC masculino e feminino daquela paróquia.


Atividade Pastoral


No verão de 1967, foi nomeado pároco de Norte Pequeno, ouvidoria de Calheta, ilha de São Jorge, acumulando com o curato da Ribeira da Areia e, durante oito meses, também com o trabalho pastoral das paróquias de Norte Grande e Santo António, da Ouvidoria de Velas, onde esteve até 1974.


Em janeiro de 1974, por provisão de D. Manuel Afonso de Carvalho, foi nomeado pároco de São Pedro, Ouvidoria de Vila Franca do Campo, uma pequena comunidade que lhe permitiu disponibilidade de tempo para, em julho de 1975, preencher a vaga de oficial administrativo na Casa do Povo de Vila Franca do Campo, profissão que exerceu até 1996 e que lhe deu a oportunidade de exercer atividade sindical a tempo inteiro, durante sete anos, como dirigente regional e nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Pública do Sul e Açores e, no cumprimento de um mandato de três anos, integrar o Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.


Foi, em 1976, um dos fundadores do Grupo de Reflexão e Ação Pastoral (GRAP), grupo de padres açorianos que, durante cerca de duas décadas, e para além do contributo importante que deu para a formação sacerdotal e pastoral dos próprios, interveio como tal, na vida da igreja e da sociedade, com tomadas de posição públicas sobre as mais variadas questões da atualidade.


Em 1993, o Bispo diocesano, D. Aurélio Granada Escudeiro, nomeou-o pároco da paróquia do Bom Jesus Menino, Ribeira das Tainhas, cargo que desempenhou, em acumulação com a paróquia de São Pedro, até ao ano de 2000.


Por provisão de 21 de agosto de 2000, de D. António de Sousa Braga, foi nomeado, conjuntamente com os padres José Gregório Soares Amaral e José Alfredo Torres Borges, pároco in solidum das paróquias da ouvidoria de Vila Franca do Campo, ficando a seu cuidado direto o trabalho pastoral das paróquias de São Pedro e Matriz de São Miguel Arcanjo, bem como as funções de “moderador do serviço pastoral” da Ouvidoria.


Na mesma altura, ficou também à sua responsabilidade a direção do jornal A Crença, semanário católico propriedade da dita paróquia da Matriz.


No dia 16 de outubro de 2000 foi nomeado Ouvidor Eclesiástico por um mandato – 2003/2006. Após este segundo mandato foi substituído no cargo de Ouvidor Eclesiástico pelo Pe. Dr. José Borges.


O Padre Cassiano é pessoa de trato afável e com grande sensibilidade e abertura aos problemas sociais. Não é difícil comprová-lo, bastando, para tal, ter a possibilidade de com ele conviver e de ler os seus escritos publicados, sobretudo, no jornal A Crença. Ao longo da sua vida sacerdotal tem revelado grande coerência evangélica e um verdadeiro espírito de pobreza. Os colegas que lhe são mais próximos têm beneficiado do seu espírito de solidariedade e de companheirismo “a tempo inteiro”.


Estas qualidades, aliadas a uma forte personalidade – que parece contrastar com a sua estatura física – nem sempre têm sido devidamente apreciadas pelos que detêm o poder, quer no campo político quer mesmo no eclesiástico. Não admira, pois, que durante todos estes anos de sacerdócio tenha sofrido alguns dissabores. No entanto, não é seu hábito vergar, quaisquer que sejam as proveniências das pressões.


Observação:


Celebrou as suas Bodas de Prata Sacerdotais na Paróquia de São Pedro de Vila Franca do Campo, aos 29 de Maio de 1991, em solene concelebração a que se associaram alguns sacerdotes amigos, além dos seus familiares e muitos paroquianos.


Além das obras de restauro e conservação da igreja paroquial, a ele se fica a dever a aquisição do edifício do Centro Paroquial de São Pedro. Centro que, em nosso entender, seria de toda a justiça se chamasse “Centro Paroquial Padre Cassiano”, dado que foi adquirido com dinheiro que, por direito, lhe era devido, quer como côngrua, que nunca quis receber, quer como emolumentos.


No dia 16 de Agosto de 2007 foi inaugurada, no Aldeamento do Ilhéu, a Rua Padre António Cassiano, em cerimónia presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca, Rui Melo, e que contou com a presença do Sheriff Thomas Hodgson. Esta inauguração veio dar corpo a uma deliberação da vereação camarária em exercício no quadriénio 2001-2005, que pretendeu, desta forma, homenagear este sacerdote pela notável ação sócio-religiosa que, há mais de 35 anos tem desenvolvido, como pároco, a favor da comunidade vila-franquense.


Na altura da inauguração o homenageado referiu que se alguma coisa fez, no desempenho do ministério sacerdotal, que possa merecer esta honra, não foi senão “anunciar oportuna e inoportunamente o Evangelho e atender bem as pessoas”. (cf. A Crença, 14 de setembro de 2007, p. 8 ).


Foi aliviado da responsabilidade pastoral da Paróquia da Matriz de São Miguel Arcanjo, continuando Pároco de São Pedro e Diretor do jornal A CRENÇA.


A 20 de Maio de 2013 recebeu a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico na Sessão Solene comemorativa do Dia dos Açores, que decorreu na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, na cidade da Horta. Na impossibilidade de estar presente, recebeu a insígnia em seu nome o Ouvidor Eclesiástico da Horta Padre Marco Luciano.


Fonte: Clero da Ouvidoria da Povoação de Octávio Henrique Ribeiro de Medeiros (2ª Edição revista e atualizada, ano de 2014).

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