Ricardo
Medeiros é natural de Ponta Delgada e conta 34 anos de idade, atinge a sua 3ª
Final da Taça de São Miguel ao serviço do Mira-Mar Sport Clube, sendo um
exemplo para os demais colegas, pois apesar dos 58,7 Km que o separam da Vila
da Povoação nunca falha um treino, desloca-se com os seus próprios meios e não
recebe qualquer contrapartida por isso. O Ricardo é um atleta à moda antiga,
joga por gosto e por amor à camisola que enverga.
Atletas
com estas características nos dias que correm não é muito usual encontrar, por
isso Um Olhar Povoacense vem dar a conhecer aos seus seguidores o exemplo de um
bom desportista, de um atleta persistente, de um homem humilde e amigo do clube
povoacense. Reconhecer a sua dedicação e amor ao desporto rei é mais do que
justo!
Tal
como já tínhamos feito com o Capitão do Mira-Mar, Marco Ventura, endereçamos
três questões ao ricardo que apresentamos de seguida aos nossos seguidores.
Um Olhar Povoacense - O Ricardo não é natural da Povoação, mas
sente um carinho muito especial pelo Mira-Mar Sport Clube. Consegue
explicar-nos e transmitir-nos em palavras este sentimento?
Ricardo Medeiros – É difícil de
explicar em palavras aquilo que sinto, são um múltiplo de sentimentos. Sinto um
enorme prazer e gosto pelo meu trabalho no futebol e o que faço tento ser o
mais profissional possível, tenho o Mira-Mar Sport Clube no coração!
U.O.P. - Esta é a sua 3ª final da Taça de São Miguel
com o Mira-Mar Sport Clube. O que sente ao atingir mais esta final e quais as
suas expetativas?
R.M. - Sinto uma
alegria de outro planeta e espero que desta consigamos finalmente trazer a Taça
para a Vila da Povoação. Sou sincero, eu não acreditava no início do jogo da 2ª
mão da meia-final que conseguíssemos dar a volta e muito menos ao intervalo quando
fomos para o balneário a perder por 1 – 0, mas a nossa garra e força de vontade
de superarmo-nos a nós mesmos foi muito forte, sendo um daqueles jogos que
jamais me sairá da retina. Quero muito vincar meu nome um pouco mais neste
clube vencendo esta final, vamos fazer tudo por isso, temos um adversário
difícil e matreiro para ultrapassar, mas com a garra e união que nos envolve
estou convicto que vai ser desta.
U.O.P. - Foi-nos transmitido que o Ricardo é um
atleta difícil de encontrar nos dias que correm, pois apesar de residir em
Ponta Delgada, não falha um treino e ainda desloca-se com os seus próprios
meios para a Povoação. Aos 34 anos é um exemplo para muitos jovens atletas. Qual
os seus conselhos para aqueles jovens que pretendem singrar na equipa sénior e
serem titulares indiscutíveis?
R.M. – A minha paixão
pelo futebol é enorme, a minha entrega é total, quando me comprometo com um
projeto entro de corpo e alma, fui educado assim no futebol. Os conselhos que
dou aos mais novos são três coisas muito importantes, o querer, a vontade e o respeito,
principalmente pelo adversário. Nesta vida nada se tem sem trabalho e sem
orgulho em nós próprios. Gostava que o Mira-Mar Sport Clube volta-se a ser e a
ter aquela garra de outros tempos, qualidade os miúdos têm, mas têm que a por
em campo com determinação, garra e aquela entrega e paixão de quem quer ser verdadeiramente
um jogador de futebol. Força Mira-Mar e que venha a Taça de São Miguel!
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