No
jornal Correio dos Açores datado de 26 de setembro de 1948, o povoacense Raposo
Silva escreveu estas bonitas quadras dedicadas à sua padroeira, Nossa Senhora
Mãe de Deus.
Mãe de Deus, concebida na graça,
Que
por graça de Deus vos foi dada,
Deus
é Graça que a graça trespassa
Sem
deixar vossa graça lesada.
E
Jesus a Pureza Infinita,
Que
na Virgem Maria encarnou…
Oh
bendita, mil vezes bendita
Mãe
de Deus, venerada nos Céus,
Mãe
de Deus, invocada na Terra,
Mãe
dos homens, que sois Mãe de Deus,
Dai-nos
paz e livrai-nos da guerra.
Há no
Mundo açucenas e lírios,
Mas,
por mais que busquemos, não há
Flor
tão pura que vicei-a entre os círios
Como
a Cândida Flor de Judá!
Mãe
de Deus, Virgem Mãe protetora
Dos
mortais, que vacilam na vida,
Espalhais
vossa graça, Senhora,
Que,
sem Vós, toda a Terra é perdida!
Doce
Mãe de Jesus, nosso Pai,
Que
por nós sofreu tanto na Cruz,
Apiedai-vos
de nós… derramai
Em
nós todos torrentes de luz.
Mãe
de Deus, toda amor e bonança,
Mãe
dos homens, que ingratos vos são,
Dai-nos
fé, caridade, esperança…
E do
mal o devido perdão!
Mãe
Bendita do “Verbo Encarnado”,
Luz
da vida, Nascente de amor,
Preservai-nos
de todo o pecado…
Amparai-nos
nas crises da dor!
Mãe
de Deus, sede a nossa guarida
Nos
terríveis perigos da sorte…
Mãe
de Deus, protegei-nos na vida;
Mãe
de Deus, amparai-nos na morte!
Povoação,
3 de Setembro de 1948
Por:
Raposo Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário