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sexta-feira, 13 de março de 2015

A TI, MEU VALE À BEIRA-MAR

Quando o Sol se levanta do nascente
Ocultas-te humilde, entre os montes;
Tens o cicio das brisas, e das fontes
O murmúrio que se não sente.

O Sol a esconder-se no poente
Limita, em rósea cor, teus horizontes;
Arvoredos sombrios, são as frontes
Com que abraças, feliz, a tua gente.

E o mar fagueiro, beija-te a cantar
Tristes canções, em noites de luar…
São plangentes queixumes do desamor.

De muitos. E se há quem, falho de fé,
Pouco apreço te dá, a culpa é
Dos que pouco fizeram em teu favor.

Povoação, Setembro de 1948
Por: Felix Machado
Publicado no Jornal Correio dos Açores, 26/9/1948

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