O
Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, promove sexta-feira, 7 de maio, no
Núcleo de Santa Bárbara, a segunda conferência do ciclo “A Bíblia na Literatura
e nas Artes”.
A
conferência, que decorrerá a partir das 18h00, será proferida por Carlos Cravo
Ventura, tendo como tema central “A Bíblia na canção americana: dois casos
inspirados no Livro de Job”.
“A
religião está no âmago da fundação da América como nação e foi, desde sempre, o
cimento do seu espírito comunitário (ainda hoje bem visível, especialmente se
sairmos das suas maiores cidades). Já durante o período colonial, em particular
na Nova Inglaterra, a preocupação de dotar as comunidades com meios públicos
para ministrarem, no mínimo, uma educação de nível elementar deve-se ao
desígnio de todos serem capazes de ler a Bíblia, considerado o livro mais
importante em qualquer lar, quantas vezes o único existente”, refere Carlos
Cravo Ventura.
Nesse
sentido, a palestra iniciar-se-á com uma referência a esta religiosidade
prevalecente na vida americana e às suas manifestações na canção popular, quer
na de matriz rural quer na de pendor mais urbano.
Nesta
palestra serão depois analisadas as canções “Song of Job” (1970), do grupo
Seatrain, e “The Sire of Sorrow (Job’s Sad Song)” (1994), de Joni Mitchell,
sendo as respetivas letras apresentadas no original inglês e em tradução
portuguesa.
O
ciclo de conferências “A Bíblia na Literatura e nas Artes”, iniciado a 5 de
abril, é uma iniciativa conjunta do Museu Carlos Machado e da Comissão
Diocesana para a Cultura.
Pretende-se
com este evento abordar, em conferências de periodicidade mensal, as diversas
expressões que os textos bíblicos assumem nas linguagens plásticas e literárias,
sobretudo como fonte de inspiração para criação de expressão cultural no mundo
ocidental.
“Porque
não vivemos num vazio simbólico – pelo contrário, contactamos diariamente com
representações e interpretações que acabam por fertilizar o que somos e fazemos
– intervir culturalmente não dispensa o conhecimento das bases da cultura
ocidental, o que, por seu turno, obriga à revisitação dos nós que firmam o
presente numa matriz de temas e símbolos que ajudam a definirmo-nos para além
do instante precário", refere a Comissão Diocesana para a Cultura, a
propósito desta iniciativa.
Fotos: Google imagens
Fotos: Google imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário