Apenas
15% dos portugueses conseguem identificar o edema nas pernas como um dos
principais sintomas da insuficiência cardíaca (IC), uma doença que afeta cerca
de meio milhão de pessoas em Portugal. Esta é uma das principais conclusões do
estudo “Portugueses e a Insuficiência Cardíaca” apresentado ontem pela Fundação
Portuguesa de Cardiologia (FPC), no âmbito da abertura de “Maio, Mês do
Coração”.
O
mesmo estudo mostra que os portugueses reconhecem o cansaço (72%) e a falta de
ar (69%) como sintomas da doença. Não obstante, em certos aspetos da doença
ainda existe algum desconhecimento.
Apesar
de considerarem que esta doença ameaça a vida das pessoas, 51% dos inquiridos acreditam
que a taxa de sobrevivência é alta ou, pelo menos, não tão baixa como em casos
oncológicos. A realidade portuguesa mostra que a taxa de mortalidade da
insuficiência cardíaca é superior a alguns tipos de cancro.
“Este
estudo vem provar mais uma vez que a insuficiência cardíaca é uma doença
esquecida e subvalorizada pela maioria dos portugueses. A IC é uma das grandes
epidemias do século e é preciso aumentar a literacia das pessoas em relação ao
tema, da mesma forma em que esta doença deveria ser considerada uma prioridade
nacional”, explica Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de
Cardiologia.
A
Fundação Portuguesa de Cardiologia vai dedicar o mês de maio à sensibilização
para a insuficiência cardíaca, uma situação clínica debilitante e
potencialmente fatal em que o coração não consegue bombear sangue suficiente
para todo o corpo. A campanha foi ontem apresentada na Sessão Solene de
Abertura de “Maio, Mês do Coração”, que decorreu no Palácio Foz, em Lisboa.
O
estudo “Os portugueses e a insuficiência cardíaca” foi realizado pela GfK
Metris e baseou-se numa amostra de 1012 indivíduos com idade igual ou superior
a 18 anos, residentes em Portugal Continental.
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