O PSD votou contra o relatório de Gestão do ano de 2018 da Câmara Municipal da Povoação, considerando que a autarquia, gerida pelo PS, “não tem sido impulsionadora de obras estruturantes que promovam o desenvolvimento do nosso concelho”, conclusão expressa por Nelson Frias Furtado na Assembleia Municipal.
Os documentos mereceram também o voto contra da vereadora social-democrata Cecília Correia.
Os social-democratas acusam mesmo o executivo municipal de apresentar um documento técnico, “com indicadores selecionados, para fazer passar a ideia de que estamos muito bem e esconder a inércia e gastos em despesas correntes”.
E salientam que a Povoação “apresenta a segunda maior taxa de despesa com o pessoal da Região. Segundo dados do PORDATA as despesas correntes aumentaram em 756 mil euros, de 3 milhões 544 mil euros para 4 milhões e 300 mil euros, um aumento que se iniciou em 2012”, adianta nota de imprensa enviada hoje.
“O grande passivo está no desinvestimento e na desertificação do concelho, cujos focos de desenvolvimento apenas existem por arrasto da dinâmica dos outros concelhos da ilha de São Miguel”, criticam.
“A taxa de execução orçamental em despesas de capital é de 67%, o que revela um rácio de despesas correntes/despesas de capital manifestamente baixo. Obviamente, se não investe, tem de se amortizar a dívida”, avançam a vereadora e o deputado municipal.
Ainda sobre as informações solicitadas, em relação ao fecho das contas de 2017, “que ludibriaram e recorreram a investidas administrativas, vi-me forçado, após várias tentativas, a fazer queixa ao Inspetor Regional da Administração Regional. Ao fim de oito meses, finalmente recebi uma resposta, mas ficamos sem esclarecimentos sobre várias questões”, explicou Nelson Frias Furtado.
“A explicação que nos foi dada da conta “Diversos”, num valor superior a 500 mil euros, foi amplamente evasiva, assim como a exposição sobre a taxa de investimento orçamentada manifestamente baixa”.
“Assim como os 10 milhões de euros em subsídios, não consideramos uma resposta como sendo suficiente, por terem passado de uma conta contabilística para a outra”, complementou o eleito do PSD.
Para o PSD da Povoação, o executivo camarário revela “falta de visão estratégica e ausência de planeamento para as necessidades do concelho, ficando pela gestão do imediato, impávidos a olharem para 2009”, lamentaram.
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