A
Diretora Regional da Prevenção e Combate ás Dependências alertou hoje, em São
Miguel, para os riscos do abuso da Internet nos jovens e para a importância da
formação e capacitação de competências na prevenção precoce.
“Quando
utilizada de forma exagerada, a Internet pode acarretar comportamentos
problemáticos com sintomas semelhantes ao de outras adições, como as drogas
ilícitas e o álcool”, frisou Suzete Frias no fórum 'Porque nos Preocupamos
Contigo', promovido pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Nordeste,
onde apresentou uma palestra intitulada 'Nem sempre branco é e galinha o põe'.
“Esta
dependência não–química pode causar a longo prazo danos ao nível da estrutura
do cérebro, registando-se, de acordo com alguns estudos, uma diminuição da massa
cinzenta, podendo afetar a memória e as emoções”, apontou.
Suzete
Frias considerou que fornecer competências permite estimular a resiliência e os
vínculos à família e à escola, além de promover os processos de autonomização
das crianças e jovens.
“Para
nos prevenirmos necessitamos de estar informados, de ter a noção do risco e,
sobretudo, tomarmos consciência das nossas emoções e aprendermos a geri-las,
são elas as nossas lentes para o mundo”, sustentou.
A
Diretora Regional enfatizou as caraterísticas do “cérebro adolescente” para
demonstrar a importância de investir em competências neste período crítico do
ciclo vital.
“Esta
é uma fase de afirmação individual, de grandes alterações a nível cerebral e de
adaptação a novos contextos e papéis e, por isso, são fundamentais ferramentas
para a tomada de decisões, resolução de problemas, gestão de conflitos,
resistência à frustração e à pressão de pares”, sublinhou.
A
palestra apresentada neste fórum enquadra-se na estratégia da Direção Regional
de prevenção através da promoção da informação e sensibilização dos jovens do
3.º Ciclo, em parceria com recursos comunitários.
Suzete
Frias salientou que o Governo Regional reforça a importância da escola como
espaço privilegiado de promoção das competências pessoais e de reforço da
autorregulação e controlo emocional.
“Através
da Saúde Escolar tem sido dado a esta faixa etária maior enfoque nos
conhecimentos sobre os comportamentos aditivos e as dependências, nomeadamente
o tabaco e o álcool, e comportamentos aditivos sem substância, bem como o
aumento na perceção dos riscos”, frisou a Diretora Regional.
GaCS/MS
Povoação,
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019.
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