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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

ARTIGO DE OPINIÃO DA VEREADORA DO PSD POVOAÇÃO CECÍLIA CORREIA... “A POVOAÇÃO DE HOJE”


Ao longo dos últimos anos passamos por várias transformações aqui no nosso concelho

Passaram-se por algumas gerações e foram muito poucas as que aqui ficaram a residir e a trabalhar. Sempre fomos um concelho pequeno com freguesias muito dispersas e isoladas umas das outras ficando muito aquém do desenvolvimento que se desejava para poder garantir uma boa qualidade de vida e que fosse duradoura.

Muitos de nós emigraram em busca de um melhor futuro para si e para as suas famílias.

Ao longo dos anos as políticas desenvolvidas pelos consecutivos autarcas são e têm sido de completo afastamento dos povoacenses, isto porque, não têm trabalho, não têm a vida facilitada para arranjar uma habitação que possam viver e pagar, há pouco investimento, quem pretende iniciar um negócio não tem a vida fácil e quem o tem é desvalorizado e pouco apoiado a nível concelhio. Não são criadas medidas atrativas e significativas para a fixação e o bem estar das pessoas.

Somos cada vez menos de nós e mais de outros e precisamente uma das razões que tem feito algumas pessoas cá ficarem ainda e outras se mudarem para cá, tem sido claramente os programas sociais de emprego, que não são emprego, que não contribuem para o crescimento do concelho nem da economia da região, mas que vão contentando alguns e mantendo-os ocupados por longas temporadas a saltar de programas em programas, enquanto que muitos outros ficam nas filas de espera por vários anos, há espera de um programa que possam participar ou de raras ofertas de trabalho que vão surgindo, uma vez ou outra e nas quais são requisitadas normalmente entre 2 ou 4 vagas e concorrem mais de 200 pessoas. Manter um sistema que favorece só alguns, não é um bom sistema. Devem ser criados e desenvolvidos pelo governo regional, novos mecanismos de combate ao desemprego e que se apliquem às necessidades em particular de cada concelho. Não quero com isto dizer, para acabarem de vez com os programas sociais, são necessários mas não devem ser o único escape.

É lamentável ao ponto que se chegou para combater o desemprego na região e no concelho... Para arrematar, desenrasca-se trabalho e criam-se necessidades permanentes de serviços no concelho, mas só para aqueles que foram da mesma cor política do poder local, se fores amigo dos amigos, se fores familiar, entre outras características, podes não ter rótulo na testa, mas com certeza ficas rotulado e com contrato vitalício, em qualquer das suas valências espalhadas pelo concelho, tens entrada imediata, sem direito a entrevista ou a prova de conhecimentos. Quantos são?


Oferecem bolsas de estudo aos nossos jovens, mas não garantias de futuro para que os mesmos jovens recém formados possam regressar ao concelho e contribuir nas mais variadas áreas para o desenvolvimento local. É quase como pagar um bilhete só de ida.

Nada do que se prometeu para o concelho por parte do governo regional e pelo poder autárquico para os últimos anos foi feito até agora e nada é reivindicado, ou seja, melhores escolas, melhores acessibilidades, um novo quartel de bombeiros, melhores condições na área da saúde, da segurança, da proteção cível, etc e etc. O pouco que se vai fazendo a nível das obras são também sempre os mesmos a fazer e a ganhar o dobro ou triplo dos valores acordados inicialmente, até parece um negócio. Mas quem manda, manda.

Qual democracia, qual quê!

Tudo está bem, quando parece ou melhor, quando fazem parecer que está bem!

Temos festas todo o ano e ocupação temporária para grande maioria, mas tudo isto passa, as verbas destinadas nos orçamentos são mal aplicadas, e deixam marcas nos nossos avanços o que se gasta por exemplo em lazer, não se investe para criar trabalho efetivo e duradouro, não se investe na habitação, não se investe no futuro e no progresso da localidade.

Isto não é, nem pode ser aceitável para o concelho mais lindo dos Açores, que deveria pela sua história, pela sua cultura e sobretudo pela sua esplêndida natureza estar no topo da ilha e da região.

É preciso lutar sempre por mais e pelo melhor, só para ser “do contra” não te faz resistente a democracia mostrasse na prática e não somente da boca para fora.

Povoação, sexta-feira, 4 janeiro de 2019

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