Acusação sustenta
que o homem procurava vítimas abordando-as no Centro de Emprego, em Ponta
Delgada.
O
Tribunal de Ponta Delgada, condenou ontem um homem a uma pena de prisão de três
anos e dois meses, suspensa, pelo crime de violação agravada na forma tentada
de uma mulher a quem prometeu emprego.
Trata-se
de um caso que se passou em fevereiro, na ilha de São Miguel, e o homem estava
acusado de tentar violar esta mulher, desempregada, prometendo-lhe emprego.
O
homem, de 39 anos, chegou a tribunal acusado de aliciar várias mulheres,
garantindo-lhes emprego na área das limpezas, mas algumas delas acabariam por
desconfiar destas propostas e, contactando o Centro de Emprego, acabaram por perceber
que se tratavam de falsas ofertas de trabalho.
Segundo
a acusação, as mulheres eram abordadas pelo homem no Centro de Emprego.
Uma
delas acabaria por aceitar um encontro com o homem pensando ser real a
proposta.
Segundo
a acusação, o homem conduziu a mulher para um local isolado e encostou-lhe uma
faca, mas a vítima conseguiu fugir.
Durante
o julgamento deste caso, que decorreu à porta fechada, o homem negou que
pretendesse manter com a vítima relações sexuais e negou ter uma faca, segundo
relatou o juiz.
Contudo,
e na leitura do acórdão, o juiz referiu que, e segundo as testemunhas ouvidas e
a ofendida, o homem "fazia-se passar por alguém que pretendia angariar
mulheres de limpeza", realizando, nalguns casos, "entrevistas".
De
acordo com o juiz, o homem "forjou uma realidade laboral para chegar a
mulheres" e "conseguir trato sexual", acrescentando que
"não houve arrependimento voluntário".
No
caso desta vítima, só não conseguiu porque a ofendida teve a capacidade de
fugir.
A
execução da pena fica, no entanto, suspensa, mas o homem fica sujeito a regime
de prova de avaliação psicológica e a frequentar programas de reabilitação, um
dos quais para reabilitação de agressores sexuais.
O
homem mantém-se, porém, em prisão preventiva, por em outubro ter sido detido
pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de violação de uma mulher de 40 anos.
Na
altura, o comunicado da PJ referia que "os factos tiveram lugar no início
de outubro", num "armazém em local isolado, na ilha de São Miguel,
para onde o suspeito atraiu enganosamente a vítima, a pretexto de firmar com
ela um contrato de trabalho".
"O
detido, de 39 anos, já referenciado policialmente e trabalhador rural, foi
presente a primeiro interrogatório judicial e ficou em prisão preventiva",
referia o comunicado.
Fonte:
Lusa
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