O
tempo quente e seco induz, geralmente, melhorias nos sintomas e manifestações
da psoríase. Uma exposição solar moderada ajuda a pele a cicatrizar, reduz a
inflamação e desacelera a produção de células cutâneas, que originam a
descamação da pele.
Apesar
de a exposição solar ser benéfica na maior parte dos casos, há cuidados que são
fundamentais. A utilização de protetor solar é obrigatória a quem frequente a
praia ou piscinas, ao mesmo tempo que devem ser evitadas as horas de maior
calor, nomeadamente entre as 11h e as 16h.
O
vestuário a utilizar deve ser o mais leve possível e de algodão, evitando
tecidos que provoquem a irritação da pele. O mesmo se aplica à roupa interior,
que deve ser sempre confortável e livre de elásticos. Tal como o vestuário,
também o calçado é importante. Os sapatos e as sandálias devem ser abertos e
largos, feitos de materiais naturais, como o couro, por exemplo, que absorve a
humidade e permite a respiração da pele. O uso de palmilhas de espuma, cortiça
ou de gel também é aconselhável, porque permitem aliviar a pressão da pele.
Na
praia ou em piscinas, antes de nadar, as pessoas com psoríase devem aplicar um
creme hidratante e devem também limitar o tempo em que estão na água. Isto
porque o cloro, os químicos e o sal podem irritar a pele sensível. Depois da
exposição solar, é importante aplicar um creme emoliente e hidratante.
No
entanto, a chegada do Verão pode trazer outros problemas aos doentes. O tempo
quente obriga a colocar partes do corpo mais a descoberto, o que pode inibir as
pessoas com psoríase que, erradamente, são muitas vezes alvo de descriminação
por parte de quem desconhece que a psoríase não é uma doença contagiosa.
A
psoríase é uma doença autoimune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele,
não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspeto,
extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo
aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo
os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca de 10 por
cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal esta
doença afeta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.
Artigo
do Dr. Paulo Jorge Ferreira
Sem comentários:
Enviar um comentário