Ontem, era suposto ter decorrido a Assembleia Geral da Banda Centenária Sociedade
Filarmónica Marcial Troféu, em que um dos pontos da ordem de trabalhos seria o
ato eleitoral dos novos corpos sociais para o biénio 2014/2015, acabando por
não se suceder quer por não terem sido apresentadas listas, quer por ter
comparecido um número muito reduzido de associados.
Nova
Assembleia Geral será marcada em tempo oportuno, na esperança que
compareça lista ou listas concorrentes aos corpos sociais desta Banda
Centenária povoacense.
A
apreciação e discussão do relatório de contas e atividades será apresentado na
próxima Assembleia Geral, esperando que compareçam muitos mais associados por
forma a levar em diante o normal decorrer da ordem de trabalhos.
A
Sociedade Filarmónica Marcial Troféu é uma instituição centenária que nos
últimos anos não tem sido acarinhada pela população local como o deveria. Embora
o empenho e trabalho árduo dos seus responsáveis por a manter em funcionamento,
o certo é que o reconhecimento é pouco ou nenhum.
Música
é cultura, e uma comunidade sem música, sem a sua Banda Filarmónica, é
certamente mais pobre.
O
atual presidente, Norberto Carvalho Cruz, confidenciou que encontra-se cansado
e agastado, estando disponível para apoiar e ajudar uma nova direção que se
apresente para comandar os destinos da Marcial Troféu.
Certo
é que muita gente fala por fora, critica, opina, mas a verdade é que nas horas
certas todos fogem e não querem saber de nada, encontrando-se a nossa comunidade
muito dividida e sem aquele orgulho de outros tempos, porque noutros tempos era
um verdadeiro orgulho possuir uma Banda Filarmónica na sua comunidade.
Nota da Direção
Nota da Direção
No dia 30 de Junho, realizou-se reunião ordinária da Assembleia Geral da
Sociedade Filarmónica Marcial Troféu que tinha inscrita na ordem de trabalhos a
apreciação, discussão e votação das contas de gerência de 2013 e relatório de
actividades, a aprovação do orçamento para 2014, bem como eleições dos órgãos
sociais para o próximo biénio.
A
actual Direcção tem vindo a demonstrar total abertura para ser substituída,
intenção esta que resulta maioritariamente da vontade em proporcionar à SFMT a
entrada de pessoas novas, com ideias diferentes, novos projetos, capazes de
imprimir uma nova dinâmica, ou pelo menos, de manter a existente. Esta atitude,
que tem tanto de desprendida como de compromisso com o futuro, também demonstra
que a SFMT não é uma instituição “privatizada”, que esteja sob o domínio de uma
meia dúzia de sócios. É uma instituição cultural aberta à nossa gente, quem tem
desempenhado um papel meritório na educação musical dos jovens por lá passam e
que merece ser acarinhada pelas pessoas da nossa freguesia.
Felizmente
é uma instituição pobre. E felizmente é pobre porque investe tudo o que pode na
formação musical dos seus elementos (novos e menos novos) bem como na dotação
de meios que proporcionem a esses mesmos músicos um correto e harmonioso
desenvolvimento musical (reparação e aquisição de instrumentos musicais e
acessórios, fardamento, etc), garantindo assim o futuro da filarmónica para os
nossos filhos e netos. Afinal, o ensino de “Música” é o propósito da
filarmónica e um dos principais princípios fundadores consagrados nos seus
estatutos. Podia ser um pouco menos pobre, é verdade! Mas a que custo?
Mas
ser pobre não significa que não se tenha as contas equilibradas e se respire
alguma saúde financeira. Este é o caso da SFMT. Não há dívidas ocultas ou
“problemáticas”, resultado de uma gestão rigorosa e consciente. A herança será
positiva. Neste campo, o futuro é até bastante auspicioso.
O
que consideramos menos promissor é a fraca adesão dos sócios à acontecida reunião
de Assembleia Geral que, por este facto, foi adiada para meados de Setembro.
Preocupante é o facto de não haverem listas concorrentes a tão prestigiada
instituição povoacense, que está a funcionar em pleno e sem quaisquer reservas.
O caminho está traçado, basta alguém ter a coragem para percorre-lo e dar
seguimento/melhorar o trabalho já feito! Temos a certeza que a actual Direcção
prestará todo o apoio e facilitará uma transição, bastando para isso ser
contactada nesse sentido.
Deixamos assim dois apelos. Primeiro: que os sócios da nossa banda se organizem e
constituam lista concorrente aos órgãos sociais para as eleições que decorrerão
em meados de Setembro. Segundo: há também a necessidade de captar mais
associados e que estes se envolvam mais nos órgãos sociais. Quem ainda não é sócio
e queira dar o seu contributo, inscreva-se para sócio!
Unindo
estes dois pressupostos, julgamos que todos os povoacenses poderão contar no
futuro com uma filarmónica dinâmica e presente na nossa sociedade. Caso
contrário, poder-se-á entrar num vazio em que nada de bom se adivinha e do
qual, dificilmente haverá retrocesso. A bola está do lado dos sócios,
consequências e responsabilidades serão repartidas por todos nós.
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