Sociedade
Portuguesa de Pneumologia destaca importância do controlo da doença para
qualidade de vida dos doentes
No
dia 1 de maio assinala-se o Dia Mundial da Asma, doença que, de acordo com os
dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, atinge um milhão de
portugueses. Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia “este dia serve para
assinalar esta doença que continua associada a uma elevada morbilidade quando
não tratada corretamente”, referem Filipa Todo Bom e Rita Gerardo, responsáveis
da Comissão de Trabalho de Alergologia Respiratória da Sociedade.
As
médicas pneumologistas destacam, a propósito deste dia, o impacto que o
controlo da doença tem na qualidade de vida dos doentes: “os doentes mal
controlados ou não controlados, limitam a sua atividade física devido aos
sintomas, utilizam frequentemente a terapêutica de alívio e recorrem mais vezes
aos cuidados de saúde, quer primários, quer secundários. As crianças e
adolescentes perdem dias de escola e os adultos perdem dias de trabalho. Deste
modo, conseguimos perceber o impacto que a asma poderá ter no quotidiano dos
doentes, não apenas a nível do bem-estar físico, mas também psicológico e
social.”
A
Comissão de Trabalho de Alergologia Respiratória alerta ainda para o facto de,
apesar de toda a informação e terapêutica disponíveis atualmente, “43% dos
doentes não têm a sua asma controlada, de acordo com o último Inquérito
Nacional de Controlo da Asma. Como doença crónica que é, o tratamento da asma
deve ser feito de maneira regular, diariamente, de acordo com a orientação do
médico assistente. A medicação de manutenção prescrita é segura e os doentes
não devem ter receio em tomá-la, uma vez que é esta que vai controlar a
doença”.
Coincidindo,
este ano, o Dia Mundial da Asma com o Dia do Trabalhador, a Comissão de
Trabalho faz ainda uma referência especial à asma relacionada com o trabalho -
que inclui a asma ocupacional e a asma agravada pelo local de trabalho. “Em
qualquer dos casos a palavra de ordem é a prevenção. Prevenir o desenvolvimento
de sensibilidade a qualquer dos componentes no local de trabalho. Estes
componentes podem ser alergénios ou agentes químicos. Deverão ser respeitadas
todas as normas de segurança laborais e, no caso dos doentes com asma prévia,
cumprir a medicação prescrita corretamente e evitar fatores desencadeantes de
crises de asma”, referem Filipa Todo Bom e Rita Gerardo.
Povoação,
sexta-feira, 27 de abril de 2018.
Sem comentários:
Enviar um comentário