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segunda-feira, 9 de abril de 2018

APRESENTAÇÃO DO ARTISTA E AMIGO MÁRIO MARINHO NA FESTA DO CHICHARRO À MODA DA RIBEIRA QUENTE


Estimados Ribeiraquentenses e demais pessoas aqui presentes, sejam bem vindos a mais uma Festa do Chicharro à Moda da Ribeira Quente.

Minhas caras amigas e amigos, se eu lhes perguntar se conhecem ou sabem quem é o Mário António Martins do Rego, sei de antemão que a resposta de vocês, ou a maior parte de vocês não sabem e não conhecem. No entanto, se lhes perguntar se conhecem quem é o Mário Marinho, eu acredito que todos ou quase todos conhecem pessoalmente e mesmo já ouviram falar dele. Portanto, minhas amigas e meus amigos, estamos a falar de uma pessoa única, só que Mário Marinho é o nome artístico dele e o outro é a do nascimento.

Falando então do Mário Marinho, estamos perante um ilustre Ribeiraquentense que muito lutou, muito se sacrificou para chegar ou para atingir o seu objetivo alcançado em realidade: “Cantar”… e assim, foi ser cantor.

Falar do Mário Marinho, ou seja, desse grande amigo, que vem desde dos bancos da escola, até à presente data, não é muito fácil descrevê-lo aqui para o papel, falando seria muito melhor de certeza absoluta, mas vou ser o mais sucinto possível.

A minha amizade para com esse grande artista do nosso “Torrão Natal” que vai atuar daqui a pouco para todos nós, não se explica, sente-se, porque eu entendo que o amigos sempre sabem quando serão amigos, pois compartilham momentos juntos, dão forças, estão sempre lado a lado, nas conquistas e nas derrotas, nas horas boas e nas difíceis, ou seja, mesmo à distância com essa novas tecnologias todas, somos sempre amigos.

A amizade nem sempre é pensar do mesmo jeito, mas abrir mão de vez em quando, visto que a amizade é como ter um irmão que não mora na mesma casa e além disso compartilhar segredos e emoções, e foi assim durante muitos e muitos anos. Ser amigo, é contar com alguém sempre que precisar, uma vez que a amizade que é amizade nunca acaba, mesmo que a gente cresça e apareçam outras pessoas no nosso caminho, a amizade não se explica, ela simplesmente existe e sente-se, por isso, não custa nada, dê-se valor às suas ou ás vossas amizades. Foi assim, o Mário Marinho cresceu no seio de uma família pobre, humilde, mas felizes e desde muito novo sempre teve o dom de cantar, e para qualquer sítio que íamos, ou um passeio, lá estava o Mário sempre a cantar com o nosso grupo de amigos, composto também pelo Deodato Costa, infelizmente já não se encontra entre nós, morreu contente, morreu a cantar era o que mais gostava.

Minhas amigas e meus amigos, quando tínhamos os nossos 17 ou 18 anos aproximadamente, simples jovens a crescer numa freguesia que é a Ribeira Quente, uma freguesia humilde, já pensávamos em formar uma banda musical, “conjunto musical”, era um sonho que nós tínhamos, e quando digo nós, não posso falar do Mário Marinho, sem fazer referência aos amigos que lhe rodeavam diariamente, o Deodato e eu por exemplo (João Costa). Mas foi um sonho que não se tornou realidade, foi um sonho inacabado, porque não tínhamos posses económicas para a compra dos instrumentos, ainda assim, fui ou fomos falar com o Senhor Padre Silvino para nos ajudar, junto das entidades competentes, das Autarquias Locais, ou mesmo do Governo Regional, mas penso que a resposta caiu por águas de bacalhau como se diz na gíria popular.

Recordo-me com alguma nostalgia, num arraial das Festas do Divino Espírito Santo, em que o Mário Marinho de tenra idade e muito envergonhado, alguém dos mordomos do Império, sabendo da arte dele pra cantar, pegaram nele e colocaram-lhe em cima do palco e lá foi ele cantar uma ou duas canções. Excelente voz dizia o pessoal que estava a assistir.

Recordo também de uma outra vez em que o conjunto musical 4+1 ou também conhecido por “ Os Marretas” da Povoação, fizeram uma exibição ou atuação no salão paroquial, num sábado à noite, e eles também já sabiam das qualidades do Mário Marinho, e propuseram-lhe com antecedência para ele também cantar, uma canção do Marco Paulo, cujo nome: “Uma canção foi proibida” e assim foi. Recordo-me ainda de jovens que nós eramos na altura, pensávamos em ir concorrer ao festival da canção, era um dos nossos sonhos, uma ambição que desmoronou-se, apenas ideias inocentes digo eu… Não foi fácil, o amigo Mário Marinho, chegar onde chegou e felicito-lhe por isso, pelo grande sacrifício, empenho e dedicação, porque o objetivo dele era cantar. E, como na Ribeira Quente, ele via que o seu sonho de cantor era difícil de se concretizar, embarca numa grande viagem, o dia 15 de junho de 1984, foi o dia em que ruma ao Canadá, porque tinha melhores hipóteses de chegar a um patamar ou concretizar o seu sonho em realidade, e assim foi.

Na nossa Ribeira Quente, durante uns aninhos, não muitos, já se ouvia e bem as cassetes gravadas com a música dele, era rara a pessoa que não ouvia, a fama já ia longe, já ia de boca em boa como se costuma dizer, mas ninguém das instituições se atrevia a mandá-lo buscar.

Minhas amigas e meus amigos, mas é nos anos de 1997 e 1998, que Mário Marinho pisa um dos palcos pela primeira vez na nossa Ribeira Quente, mais concretamente nas Festas do Divino Espírito Santo, foi assim que o pessoal ficou a conhecê-lo como cantor, e em abono de verdade digo e cantou e encantou todos os presentes no arraial, mesmo sabendo que minutos antes de cantar havia mordomos de outros impérios que não acreditavam nas capacidades dele, não acreditavam que ele cantasse como cantou, enfim… depois de cantar dirigiram-se de imediato ter com ele, que minutos antes não apostavam nele… eu acreditei e por isso, como responsável ou Mordomo do referido Império, contatei-lhe para vir até à Ribeira Quente, eu apostei e não se saiu nada mal, nem estou arrependido, nem nunca me arrependerei. Posso ainda dar-vos conhecimento que Mário Marinho pisou um dos palcos da tão falada Festa do Chicharro, uma oportunidade que lhe foi dada e de bom agrado essencialmente em 2006 ou 2007 salvo erro.

Minhas amigas e meus amigos, o nosso artista Ribeiraquentense, é cantor como todos sabem, mas também tinha excelentes qualidades de ser um bom jogador de futebol, jogou nas equipas do Vale Formoso e Mira Mar das Furnas e Povoação, respetivamente. Jogou como avançado nomeadamente a “Ponta de Lance”, e digo que até ele era dotado de uma estrondosa corrida, grande velocidade com grandes capacidades técnicas de futebolista, muito tecnicista, estávamos também perante um dos melhores jogadores da Ribeira Quente, é a minha opinião.

Hoje e sempre quero-lhe agradecer a ti meu bom amigo Marinho!

Agradecer pelas horas vividas, agradecer por tudo, por ser simplesmente o melhor de todos os amigos!

Contudo, poderia dizer algo mais, mas fico por aqui.

Resta-me agradecer ao meu amigo e Presidente António Couto e a todos os membros ou diretores que lhes acompanham na Organização da Festa do Chicharro à Moda da Ribeira Quente, fazendo votos que seja mais um êxito e levando a Ribeira Quente aos quatro cantos do mundo.

Um abraço amigo a todos vós!

João Costa Bril.


Povoação, segunda-feira, 9 de abril de 2018.

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