Relativamente
ao post que publicamos ontem sob o título " RUÍNAS DO FORTE DE NOSSA
SENHORA DA MÃE DE DEUS", o qual estava ilustrado com uma fotografia da
construção fortificada existente na encosta traseira da denominada "casa
das Bonanças", entendeu o Sr. Carlos Ávila emitir um esclarecimento,
no qual e "sobre o post colocado pelo "Olhar Povoacense", de
modo a repor-se a verdade histórica", alega que a nossa informação não
corresponde à verdade. Relativamente a este assunto, somos a informar o seguinte:
2.
Por outro lado, na documentação publicada pelo Sr. Carlos Ávila na sua página
do Facebook, nomeadamente o "Tombo do Prédio Militar Nº. 13", o
referido forte é descrito como "uma pequena obra destinada à defesa do
porto que o mar destruiu completamente", referindo inclusive o facto de
ter sido completamente destruído pelo mar para ser eliminado do inventário. Ora
se tratava de uma pequena obra totalmente destruída e até eliminada do
inventário militar, adensa-se, na medida em que a referência a 300 metros
quadrados e 9 canhoeiras, não parece encaixar-se na descrição "pequena obra",
além de que se foi totalmente destruído, o que resta e que é objeto da intenção
de classificação, nomeadamente a infraestrutura que suporta o farolim, pode
muito bem ter sido uma construção mais recente, aproveitando inclusive material
do primitivo forte, como era, aliás, muito habitual.
3.
Por outro lado ainda importa esclarecer de que se trata da construção
fortificada existente por detrás da casa das Bonanças e porque razão a página
oficial do Governo Regional a apresenta como sendo o Forte da Mãe de Deus,
sendo que, do ponto de vista defensivo e em termos de poder de fogo esta
localização afigura-se-nos como muito possível.
4.
Por fim e de modo a ficarmos todos esclarecidos convinha saber exatamente do
que é que falamos e já agora aproveitar este súbito e bem vindo interesse pelo
nosso património tantas vezes maltratado no passado recente e mesmo no
presente, para deslindar toda esta confusa informação.
-Será
a estrutura que suporta o farolim o que resta do Forte da Mãe de Deus, ou terá
sido uma pequena reconstrução aproveitando o material do forte destruído pelo
mar, como refere o documento, para suportar o farolim?
-Será
construção fortificada das traseiras da casa das Bonanças o que resta do Forte
da Mãe de Deus? E se não é, era então o quê? E porque é referida como sendo o
Forte da Mãe de Deus na página oficial do Governo Regional dos Açores,
publicação esta suportada pelos técnicos e investigadores históricos da Direção
Regional da Cultura?
São
estas as questões que gostávamos de ver esclarecidas e cujas dúvidas a
publicação do Sr. Carlos Ávila, no seu Facebook, vieram adensar ainda mais.
Antes de se proceder à classificação e de forma a evitar imbróglios futuros é o
que recomenda o bom senso e o rigor histórico.
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