Ponta
Delgada, 9 de Janeiro de 2015
O
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que,
segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA),
a atividade sísmica que se vem desenvolvendo desde 4 de janeiro, localizada
entre quatro e cinco quilómetros a oeste das Furnas, na ilha de S. Miguel, se
mantém acima dos valores normais de referência.
Desde
o início deste período de instabilidade foram registados 142 eventos nesta área
epicentral, todos de baixa magnitude.
O
sismo mais forte até ao momento ocorreu a 4 de janeiro, às 08h44, com magnitude
2.0 na Escala de Richter, teve epicentro a cerca de quatro quilómetros a oeste
das Furnas e foi sentido com intensidade máxima II/III na Escala de Mercalli
Modificada nesta vila do concelho de Povoação.
No
dia 5, outros dois eventos foram sentidos com intensidade máxima II na vila das
Furnas, às 18h19 e 22h48.
Ao longo do dia 8
de janeiro foram registados 12 eventos, não havendo alterações relativamente ao
dia anterior.
O
padrão de atividade observado mantém-se, verificando-se que os sismos ocorrem
em pequenos grupos, alternando períodos de maior sismicidade com fases de
acalmia.
Neste
contexto, não se pode excluir a ocorrência de novos períodos de libertação de
energia, incluindo sismos sentidos.
Sob
o ponto de vista geológico, a sismicidade desenvolve-se no flanco oeste do
Vulcão das Furnas, mais concretamente, numa faixa de direção NNE-SSW onde o
bordo da caldeira externa do Vulcão das Furnas é intersetado pelas fraturas de
direção aproximada WNWESE do Sistema Vulcânico Fissural do Congro.
O
CIVISA continua a acompanhar o evoluir da atividade, emitindo novos comunicados
se a situação o justificar.
O
SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado,
sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em
particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais
medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Manter
a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.
Não
acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a
água.
Observar
se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não
oferece segurança.
Ter
cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que
estejam em contacto com estes.
Em
locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.
Evitar
ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.
Observar
se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.
Limpar
urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e
inflamáveis.
Afastar-se
das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda
gigante).
Soltar
os animais, eles tratam de si próprios.
Se
estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de
estruturas que o possam atingir ao cair.
Não
dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos
agentes de Proteção Civil no terreno.
Estar
atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.
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