O
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que,
segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA),
a actividade sísmica desenvolvida desde 4 de janeiro, localizada entre quatro e
cinco quilómetros a oeste das Furnas, na ilha de S. Miguel, tem manifestado nos
últimos dias uma tendência decrescente, encontrando-se próxima dos valores
normais de referência.
Desde
o início deste período de instabilidade foram registados 191 eventos nesta área
epicentral, todos de baixa magnitude.
O
sismo mais forte até ao momento ocorreu a 4 de janeiro, às 08h44, com magnitude
2.0 na Escala de Richter, teve epicentro a cerca de quatro quilómetros a oeste
das Furnas e foi sentido com intensidade máxima II/III na Escala de Mercalli
Modificada nesta vila do concelho de Povoação.
No
dia 5, outros dois eventos foram sentidos com intensidade máxima II na vila das
Furnas às 18h19 e 22h48.
Ao longo do dia 15
de janeiro não foi registado nenhum evento com epicentro na região em questão,
não obstante continua a manter-se a possibilidade de ocorrência de novos
períodos de libertação de energia, incluindo sismos sentidos.
Sob
o ponto de vista geológico, a sismicidade desenvolve-se no flanco oeste do
Vulcão das Furnas, mais concretamente numa faixa de direção NNE-SSW onde o
bordo da caldeira externa do Vulcão das Furnas é intersetado pelas fraturas de
direção aproximada WNW-ESE do Sistema Vulcânico Fissural do Congro.
O
SRPCBA e o CIVISA continuam a acompanhar o evoluir da atividade, emitindo novos
comunicados se a situação o justificar.
O
SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado,
sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em
particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação
das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Manter
a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.
Não
acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a
água.
Observar
se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não
oferece segurança.
Ter
cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que
estejam em contacto com estes.
Em
locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.
Evitar
ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.
Observar
se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.
Limpar
urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e
inflamáveis.
Afastar-se
das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda
gigante).
Soltar
os animais, eles tratam de si próprios.
Se
estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de
estruturas que o possam atingir ao cair.
Não
dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos
agentes de Proteção Civil no terreno.
Estar
atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.
Sem comentários:
Enviar um comentário