O
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que,
segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA),
a atividade sísmica que se vem desenvolvendo desde 4 de janeiro, localizada
entre quatro e cinco quilómetros a oeste das Furnas, na ilha de S. Miguel, se
mantém acima dos valores normais de referência.
Desde
o início deste período de instabilidade foram registados 93 eventos nesta área
epicentral, todos de baixa magnitude.
O
sismo mais forte até ao momento ocorreu a 4 de janeiro, às 08h44, com magnitude
2.0 na Escala de Richter, teve epicentro a cerca de quatro quilómetros a oeste
das Furnas e foi sentido com intensidade máxima II/III na Escala de Mercalli
Modificada nas Furnas, concelho de Povoação.
No
dia 5, outros dois eventos foram sentidos com intensidade máxima II na Escala
de Mercalli Modificada nas Furnas, às 18h19 e às 22h48.
Hoje
foram registados até ao momento 26 eventos, tendo-se verificado um novo
incremento da atividade sísmica após as 12h00.
O
padrão de atividade observado mantém-se, verificando-se que os sismos ocorrem
em pequenos grupos, alternando períodos de maior sismicidade com fases de
acalmia.
Neste
contexto, não se pode excluir a ocorrência de novos períodos de libertação de
energia, incluindo sismos sentidos.
Sob
o ponto de vista geológico, a sismicidade desenvolve-se no flanco oeste do
Vulcão das Furnas, mais concretamente numa faixa de direção NNE-SSW onde o
bordo da caldeira externa do Vulcão das Furnas é intersetado pelas fraturas de
direção aproximada WNW-ESE do Sistema Vulcânico Fissural do Congro.
O
SRPCBA e o CIVISA continuam a acompanhar o evoluir da atividade, emitindo novos
comunicados se a situação o justificar.
O
SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado,
sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em
particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais
medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Manter
a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.
Não
acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a
água.
Observar
se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não
oferece segurança.
Ter
cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que
estejam em contacto com estes.
Em
locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.
Evitar
ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.
Observar
se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.
Limpar
urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e
inflamáveis.
Afastar-se
das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda
gigante).
Soltar
os animais, eles tratam de si próprios.
Se
estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de
estruturas que o possam atingir ao cair.
Não
dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos
agentes de Proteção Civil no terreno.
Estar
atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.
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