O
Governo dos Açores assinala o Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se comemora a
2 de fevereiro, promovendo durante a próxima semana um programa de 46 ações que
incluem atividades de educação ambiental, com o objetivo de salientar o
contributo que estas zonas dão para o desenvolvimento sustentável do
arquipélago.
Entre
os serviços ecossistémicos prestados pelas zonas húmidas destacam-se o
abastecimento dos aquíferos e a filtragem natural dos recursos hídricos, a
prevenção de fenómenos climáticos (tanto de cheias, como de secas) e os
recursos em biodiversidade, geodiversidade e paisagísticos de elevado valor
económico, científico, cultural e recreativo.
Madeira
para construção, plantas medicinais, alimento para animais, caules e folhas
para tecelagem são alguns dos exemplos de materiais que podem ser produzidos em
zonas húmidas geridas de forma sustentável.
Às
ações promovidas diretamente pela Secretaria Regional da Agricultura e
Ambiente, através da Direção Regional do Ambiente e desenvolvidas pelos Parques
Naturais de Ilha e pela Rede Regional de Ecotecas dos Açores, associam-se
diversas entidades, como municípios, escolas e organizações não governamentais
de ambiente.
O
programa regional, que envolveu em 2014 cerca de 600 participantes nas 16 ações
realizadas, inclui sessões para escolas promovidas em diversas ilhas mas também
uma variedade de iniciativas para outros públicos-alvo, todas de inscrição
gratuita.
Neste
programa destacam-se visitas interpretativas a zonas húmidas classificadas no
Corvo e em São Miguel, saídas de campo para observação de aves no Faial e na
Terceira, uma formação no terreno para juntas de freguesia em São Miguel e
atividades desportivas na Graciosa, em parceria com o Serviço de Desporto da
ilha.
A
autarquia da Praia da Vitória, na ilha Terceira, vai distribuir uma banda
desenhada às escolas do 1.º ciclo do concelho, promovendo a importância das
aves que habitam no Paul da Pedreira do Cabo da Praia.
A
Direção de Serviços de Conservação da Natureza e Sensibilização Ambiental, numa
parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF),
traduziu diversos recursos educativos produzidos pela Convenção de Ramsar para
esta comemoração, que estarão disponíveis gratuitamente online para educadores
e alunos no endereço eletrónico http://educarparaoambiente.azores.gov.pt.
Por
coincidir com o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, muitas das ações
previstas são dinamizadas por estes profissionais, destacando a sua missão na
monitorização e vigilância destas áreas protegidas nos Açores.
Os
13 sítios dos Açores classificados ao abrigo da Convenção de Ramsar são as
lagoas das Fajãs dos Cubres e da Caldeira de Santo Cristo (S. Jorge), a
Caldeira da Graciosa (Graciosa), a Caldeira do Faial, o Caldeirão do Corvo, os
complexos vulcânicos das Furnas, das Sete Cidades e do Fogo (S. Miguel), os
ilhéus das Formigas e o Recife Dollabarat, o Planalto Central de Terceira
(Furnas do Enxofre e Algar do Carvão), o Paul de Praia da Vitória (Terceira) e
os planaltos Central das Flores (Morro Alto), Central de São Jorge (Pico da
Esperança) e Central do Pico (Achada).
A
Convenção de Ramsar, organizadora desta comemoração mundial, convida ainda
todos os jovens de idades entre os 15 e 24 anos, a participarem no seu concurso
de fotografia digital, que decorrerá entre 2 de fevereiro e 2 de março, estando
as informações sobre esta iniciativa disponíveis no endereço eletrónico www.worldwetlandsday.org.
Portugal
ratificou esta Convenção em 1980 e tem 31 Zonas Húmidas de Importância
Internacional classificadas ao abrigo deste tratado, incluindo as que se
localizam na Região Autónoma dos Açores.
A
Convenção sobre Zonas Húmidas, geralmente conhecida como Convenção de Ramsar
por ter sido adotada a 2 de fevereiro de 1971 naquela cidade iraniana, visa
promover a cooperação internacional e incentivar a conservação e o uso
sustentável das zonas húmidas.
Para
conhecer melhor as Zonas Húmidas dos Açores, os interessados podem consultar os
diversos portais temáticos da Direção Regional do Ambiente, assim como o portal
oficial da Convenção de Ramsar:
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