Decorreu de 22 de Junho a
10 de Julho a I Temporada de Violas da Terra organizada pela Associação de
Juventude Violas da Terra sedeada na freguesia de Ribeira Quente.
Este Temporada de Violas
da Terra pretendeu juntar os eventos que a Associação já organizava num cartaz
único e mais forte, mas, também, inserir novos eventos e novos desafios aos
tocadores de Viola da Terra nos Açores.
Os 4 eventos realizados
foram todos um grande sucesso com grande participação de público e ainda com
momentos musicais de grande nível proporcionados por artistas regionais e não
só, todos ligados directamente às nossas Violas.
A 22 de Junho tivemos a
abertura da Temporada com o Concerto do IV Encontro de Violas Açorianas, na
sede do Alpendre, na Ilha Terceira e inserido nas Sanjoaninas 2013, num
concerto com tocadores de Viola da Terra de 5 ilhas dos Açores: Flores,
Graciosa, Pico, Terceira e São Miguel, em qua cada um trouxe a riqueza da sua
ilha, das suas vivências, pela sonoridade da sua Viola.
A 26 de Junho, o Centro de
Estudos Natália Correia, na Fajã de Baixo, encheu-se para receber as Conversas
à Viola “com elas”, um evento inédito e que contou com a brilhante participação
de 4 tocadoras com idades entre os 13 e os 26 anos, que demonstraram o trabalho
que estão a desenvolver com a Viola da Terra e o seu toque feminino na execução
da mesma. Para além disso, houve a apresentação de final de ano das Escola de
Viola da Terra da Fajã de Baixo.
O mês de Julho trouxe o
Palco Aberto, outra novidade, que decorreu a 6 de Julho na Biblioteca Pública e
Arquivo Regional de Ponta Delgada, e que foi um desafio lançado aos tocadores
da Ilha de São Miguel para apresentarem trabalhos a solo, duo ou em trio,
dentro daquilo que estão a tocar actualmente ou daquela que á a visão pessoal
de cada um sobre a Viola. Houve 8 participações, algumas delas que se formaram
propositadamente para o evento, e que trouxeram desde sonoridades de cabo
verde, Jazz, Carlos Paredes, Villa Lobos e muita música instrumental
tradicional dos Açores. Uma tarde
recheada de talento e que esperemos possa ser o lançar de novos projectos e a
afirmação de outros artistas com a nossa Viola.
A encerrar esta Temporada
tivemos o Violas do Atlântico III. Se nas duas edições anteriores desfrutamos
das sonoridades da Viola de Arame da Madeira com Vitor Sardinha, e da Viola
Caipira do Brasil com Chico Lobo, este ano tivemos a juntar à Viola da Terra de
Rafael Carvalho a Viola Braguesa, pelas mãos do músico José Barros, que ainda
encantou a todos com a sua voz fascinante. A 9 de Julho, na Ribeira Quente, foi
o primeiro concerto, cuja abertura foi pela Escola de Violas da Ribeira Quente,
com a população a comparecer em apoio, como de costume e a deliciar-se com a
junção das duas violas. No dia 10 de Julho tivemos o encerramento, no Coliseu
Micaelense, com abertura pela Escola de Violas da Fajã de Baixo e, ainda com a
participação especial de Ana Medeiros (voz e viola) e da Micaela Sousa
(violino). O público marcou presença e deixou-se encantar pelos duetos de José
Barros e Ana Medeiros, bem como pela junção de todos os instrumentos em palco.
Foram cumpridos os
objectivos propostos no início da Temporada, de valorizar a Viola da Terra,
promove-la e dar a conhecer cada vez mais os seus intervenientes. De juntar
experiências musicais diferentes em palco de modo a enriquecer o evento pela
troca de conhecimentos e, ainda, de aparecerem novas sonoridades, novas formas
de ver a nossa Viola sem nunca esquecer as nossas raízes.
Este evento só foi possível
graças à participação dos nossos tocadores e amantes da viola, das suas
famílias e amigos e de todos os que têm vindo a fazer crescer a “Família da
Viola”, cada vez maior.
A I Temporada de Violas da
Terra teve o apoio das Sanjoaninas 2013, Fundação Inatel, Direcção Regional da
Cultura e Direcção Regional do Turismo (após reanálise de candidatura
apresentada), sendo ainda organizada em colaboração com a Sede do Alpendre,
Centro de Estudos Natália Correia, Biblioteca Pública e Arquivo Regional, Junta
de Freguesia da Ribeira Quente, Coliseu Micaelense, Associação Amigos da Maia.
Acima de tudo comprova-se
que se conseguem realizar grandes eventos mesmo com poucos apoios desde que
haja uma boa colaboração institucional entre as entidades e boa vontade de todos.
A todos o nosso grande agradecimento e,
também, para a comunicação social que fez uma grande cobertura destes eventos,
como a RTP e RDP Açores, e ainda muitos outros jornais, blogues, rádios e
particulares. Como temos defendido sempre, se estas coisas não forem divulgadas
e registadas, é quase como se não tivessem sido feitas.
Um bem-haja a todos.
Associação de Juventude
Violas da Terra
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