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sexta-feira, 3 de março de 2023

NO DIA MUNDIAL DA VIDA SELVAGEM A SPEA “PERDE” A NATUREZA DO SEU LOGOTIPO

No Dia Mundial da Vida Selvagem, que se celebra hoje, dia 3 de março, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) chama a atenção que um mundo sem natureza é um mundo incompleto e condenado, incluindo para a espécie humana. Como ação simbólica, a SPEA retirou a ave do seu logotipo nas suas redes sociais durante este dia.

A SPEA junta-se assim a dezenas de outras organizações nacionais e europeias que assim pretendem alertar para a importância de restaurar a Natureza, no âmbito da campanha #RestoreNature, liderada em Portugal pela Coligação C6. Esta campanha pretende que os Membros do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia adotem urgentemente uma Lei do Restauro da Natureza forte, capaz de enfrentar a dupla crise da biodiversidade e do clima.

Em Portugal, a SPEA tem sido pioneira na implementação de alguns projetos de restauro ecológico que fizeram a diferença no equilíbrio natural, por isso achamos fundamental apostar em leis fortes que permitam devolver a natureza onde ela já existiu.

Um dos melhores exemplos é relativo ao priolo, um passarinho que já foi considerado uma das aves mais ameaçadas da Europa, que apenas habita um território muito limitado na Ilha de São Miguel, nos Açores. Depois de um intenso esforço de restauro da floresta Laurissilva, a sua população recuperou e, apesar de ainda estar ameaçada, passou de espécie “Em Perigo” a “Vulnerável”. O priolo, que esteve quase a desaparecer, passou a ser um símbolo da região, que toda a gente conhece e tem carinho.

Outro bom exemplo foi a recuperação do ecossistema insular das Berlengas. Durante os 4 anos do LIFE Berlengas, foram removidas as espécies invasoras não nativas da ilha, melhorando significativamente o habitat para as aves marinhas nidificantes e plantas endémicas. Este esforço permitiu aumentar a área de nidificação da mais pequena das aves marinhas, o roque-de-castro, que passou a ser um dos habitantes naturais da ilha da Berlenga.

Segundo Domingos Leitão, Diretor Executivo da SPEA, “o priolo e as Berlengas são apenas dois casos de sucesso, que envolveram muito trabalho, recursos e voluntários e que apenas foram possíveis devido a mecanismos de financiamento europeu, mas existem muitos outros exemplos. Tendo em conta a crise climática atual e os ataques à natureza constantes, é preciso olhar para os resultados e ver que fazem a diferença e por isso é fundamental criar uma Lei do Restauro da Natureza forte, que trave a galopante e assustadora perda de biodiversidade.

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