REFLEXÃO SOBRE A MINHA TERRA ….

Fico feliz por termos um meio de comunicar para transmitir noticias da nossa terra e dos nossos conterrâneos, como é o caso do Olhar Povoacense, digo isso, porque sou emigrante no Canadá há mais de 40 anos e a notícia publicada no Olhar Povoacense no meu interior obrigou-me a dizer alguma coisa sobre o assunto porque sou filha de pais pobres e nascida na Povoação que não podiam pagar os meus estudos, mas graças ao sentido caridoso do Monsenhor João Maurício,  com muito sacrifício e ajuda dele, consegui tirar o antigo 5º ano.

Mas, no meu caminho escolar houve muitas dificuldades, porque morava longe da Vila da Povoação e não havia camionetas no horário do externato, mas o bendito monsenhor resolveu o assunto e fui morar uns meses na casa da senhora Maria do Carmo de segunda a sexta e só no fim-de-semana ia a casa, mas para tal minha mãe mandava-me a cesta pela camioneta com a comida para a semana e eu limpava a casa durante a semana para compensar as despesas que tinha da minha estadia na casa da senhora Maria do Carmo.

Tudo isso para dizer, que a fundação graças ao monsenhor sempre foi uma instituição caridosa, com princípios católicos de fazer o bem e quero acreditar que ainda o seja, porque o Monsenhor foi um grande povoacense continuou a obra social do Padre João de Medeiros e deixou em testamento que a fundação tem obrigação de ajudar as pessoas e evitar os conflitos.

Não conheço os atuais dirigerentes da fundação, mas se estão a atuar conforme o Sr. Júlio que julgo ser o das finanças e que era da direção da fundação e da escola profissional, que conheço muito bem, e diz no texto que transcrevo, não estão a ser solidários nem justos como sempre foram as pessoas que fizeram parte da fundação e atendendo ao período de pandemia mundial que atravessamos, temos que nos ajudar ainda mais uns aos outros, fazer o bem e não prejudicar pessoas como parece que está a acontecer.

”A MINHA RELEXÃO PASCAL:

Esta instituição foi fundada por um Padre Benemérito e por seguidores grandes Povoacenses, que fizeram com que a POVOAÇÃO, aparecesse no mapa com os maiores nomes a exercer os maiores cargos na região.

Sempre como instituição canónica se orientou pelos princípios católicos de fazer o bem, ser justa, ajudar as pessoas e evitar os conflitos que em nada prestigiam o seu Fundador, com as in justiças que estão a ser praticadas pelos seus actuais directores, retirando direitos, aumentando cargas horárias e subtraindo subsídios que foram atribuídos aos seus colaboradores desde a sua fundação, com processos judiciais perdidos que em nada abonam a favor dos seus valores que foram pelos seus fundadores criados e servirem como EXEMPLO.

Como antigo Director peço reflexão aos actuais, para acabarem com estas guerrilhas e vinganças que só prejudicam a INSTITUIÇÃO.

FELIZ PÁSCOA PARA TODOS E REFLEXÃO CRISTÃ, SEJAMOS TODOS IRMÃOS PARA BEM DA NOSSA COMUNIDADE.”

Júlio Duarte Manuel in facebook 2 de abril 2021 – 13:07

 

O que o Monsenhor João Mauricio fez pela comunidade da povoação seguiu os princípios do benemérito e todos os outros dirigentes devem seguir o mesmo caminho. Caso, não o façam estão a violar os princípios e vontade do benemérito.

 

Elizabette Peixoto, Toronto - Ontário, 3 de abril de 2021 – antiga aluna do Externato Maria Isabel do Carmo Medeiros.