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segunda-feira, 7 de março de 2016

POVOAÇÃO ACOLHE IV ENCONTRO DA C.P.C.J

“Saúde Mental na Infância e Adolescência” foi o tema do IV Encontro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Povoação que, decorreu no dia 4 de Março, no Auditório Municipal da Povoação.

        A Sessão de Abertura contou com a presença da Presidente da C.P.C.J., Marlene Amaral, Carla Silva, em representação do Secretário Regional da Saúde e Rui Melo, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Povoação.

A Presidente da C.P.C.J., destacou a importância de encontros com esta temática, precisamente porque têm uma abordagem integrada que envolve aspetos como a produção e promoção de conhecimentos, a partilha de experiências e ainda uma reciclagem de saberes entre os demais profissionais.

        A escolha do tema deste IV encontro, “incide sobre temáticas associadas à relação entre a saúde mental com a infância e adolescência, mais concretamente, no que concerne aos novos desafios com que se deparam, diariamente os profissionais que trabalham junto das crianças e jovens”, referiu Marlene Amaral.

Rui Melo, Vereador da Câmara Municipal da Povoação, felicitou a C.P.C.J. “por conseguir realizar mais um encontro e por manter o interesse nas questões que se coloca na sociedade atual”, e acrescentou ainda que, “é muito importante termos em conta os objetivos deste encontro, bem como a partilha de experiências.”

O IV Encontro da C.P.C.J. da Povoação teve como presidentes de mesa Marta Bulhões, coordenadora da EMAFFRESA e Carolina Almeida, do Centro de Terapia Família e Intervenção Sistémica.

        O I painel contou com os oradores Célia Carvalho, Psicóloga Clínica e Professora Auxiliar da Universidade dos Açores que, abordou o tema “Prevenção da Saúde Mental na Infância”. A sua intervenção baseou-se na apresentação de um programa desenvolvido para o Ensino Básico em 2013/2014 de nome “Necas”. O “Necas” é um “golfinho sabichão” que ensina as crianças a desenvolverem a inteligência emocional e a serem capazes de saber o que é que elas e os outros sentem para conseguirem gerir estas emoções para benefício próprio.

O programa “Necas” é feito por várias sessões que têm como objetivo a intervenção e o contacto das crianças com elas próprias, com os colegas e com os seus pais. Segundo Célia Carvalho, os resultados deste projeto têm sido bastante gratificantes.

         “Identificar, Avaliar e Intervir em Saúde Mental – perspetiva da Unidade de Pedopsiquiatria no HDES”, foi o tema da intervenção do orador Bruno Seixas, Pedopsiquiatra, e da Filipa Duarte, Psicóloga Clínica, ambos pertencentes à Unidade de Pedopsiquiatria do Hospital Divino Espírito Santo. Ambos os profissionais destacam a ideia de que a mudança de mentalidades veio alterar em larga medida o seu trabalho. “Nos anos 80, a ideia de problemas mentais não fazia muito sentido, atualmente, há uma maior consciência das reações das crianças que se alteram de acordo com inúmeros fatores”. Bruno Seixas, concluiu dizendo ser essencial as “relações entre a criança e o cuidador” pois, as interpretações das reações da inteligência mental variam muito de acordo com o contexto e meio no qual as crianças se inserem.

        No II painel deste Encontro foram ainda debatidos temas como a “Intervenção da Saúde Mental em Contexto Escolar. Que realidades?” e “Adolescência e Saúde Mental…Como intervir? Que desafios?”.

        Quanto ao primeiro tema do painel da tarde, Ana Vieira e Eduardo Silva ambos pertencentes ao Serviço de Psicologia e Orientação Escolar da Escola Básica e Integrada dos Arrifes, fizeram uma apresentação em torno da realidade que se vive nesta escola mencionando que, muitas crianças tendem ao chamado “comportamento de auto dano”, alertando que, muitas crianças e jovens veem na automutilação um alívio da dor emocional que sentem, dizendo inclusive que “a dor física é mais suportável que a dor emocional”.

O encerramento do II Painel, ficou a cargo de José Martins, enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiatria do Hospital Dia no Hospital Divino Espírito Santo, que trouxe o tema “Adolescência e Saúde Mental…Como intervir? Que desafios?”, abordando as dificuldades com que se depara pois, crianças e jovens muitas vezes têm dificuldade em aceitar regras, têm atitudes agressivas e ainda comportamentos antissociais de gravidade variável.

No final, a presidente da C.P.C.J apelou às instituições de primeira linha para um “envolvimento ativo e permanente, assim como uma intervenção eficaz dos técnicos das diversas áreas a interagirem junto das crianças, jovens e famílias, em prol da segurança, saúde, formação, educação, bem-estar e do desenvolvimento integral e psicossocial das crianças e jovens”.

Pelo quarto ano consecutivo este encontro foi um sucesso sem precedentes e ficou marcado pela grande adesão de jovens, técnicos e autoridades locais, que encheram o Auditório Municipal da Povoação, acrescentando mais-valia ao evento.

Povoação, 7 de março de 2016

Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal da Povoação

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