Faz
parte integrante da Rede Natura 2000, pelo facto de ter sido classificada como
zona especial de conservação, aprovado por Decisão da Comissão Europeia no dia
28 de Dezembro de 2001, nos termos da Diretiva Habitats 92/43/CEE do Conselho.
Esta lagoa de águas muito azuis ocupa uma área de 1 360 ha, que é bastante
tendo em atenção as dimensões da própria ilha.
A
lagoa do Fogo, ocupa a grande caldeira de vulcão adormecido do fogo. Este
vulcão dá forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau, localizado
no centro da Ilha de São Miguel. Toda esta zona é rodeada por uma densa e
exuberante vegetação endémica.
Esta
caldeira vulcânica, tal como o vulcão que lhe deu forma é a mais jovem da Ilha
de São Miguel e ter-se-á formado há cerca de 15 000 anos. A sua configuração atual
é resultado do último colapso, tido como importante e que ocorreu no topo do
vulcão, há aproximadamente 5 mil anos. A última erupção data de 1563.
Esta
lagoa é também a mais alta da Ilha de São Miguel, facto que se deve a se
encontrar no cimo de uma montanha cujo ponto mais alto se eleva a 949 metros.
Localiza-se no topo do grande vulcão do Fogo, também conhecido como vulcão de
Água de Pau. A caldeira tem forma de colapso tem forma elíptica e dimensões
aproximadas de 3 x 2,5 km. As paredes desta caldeira chegam a atingir desníveis
de 300 metros.
A
lagoa, devido a se encontrar no centro da cratera, localiza-se a uma cota
bastante mais baixa, encontrando-se a 575 metros. A profundidade máxima
atingida nesta lagoa são os 30 metros. Dentro de todo o perímetro da reserva
natural, lagoa, cratera, e vertentes da mesma, destacam-se bastantes espécies
de plantas endémicas dos Açores: é o caso do cedro-do-mato (Juniperus
brevifolia), o louro (Laurus azorica) e o sanguinho (Frangula azorica). Surgem
ainda a malfurada (Hypericum foliosum), a urze (Erica azorica) e o
trovisco-macho (Euphorbia Stygiana).
A
principal fauna, aqui representada pelos pássaros de pequenas dimensões é
muitas vezes acompanhada por aves de grande porte como as aves de rapina.
Assim, surge nos ares da lagoa, além das aves caracteristicamente terrestres
como o pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbus azorica), o milhafre ou
queimado (Buteo buteo rothschildi), a alvéola-cinzenta (Motocilla cinérea) e o
melro-preto (Turdus merula azorensis), as aves marinhas como a gaivota (Larus
cachinnans atlantis) e o garajau-comum (Sterna hirundo).
Veja o vídeo:
Sem comentários:
Enviar um comentário