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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

AS ELEIÇÕES NA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA POVOAÇÃO

Atendendo à sugestão do responsável pela publicação on line do blog informativo Um Olhar Povoacense a fim de obter alguns esclarecimentos relativos às razões de haver duas listas concorrentes aos órgãos de administração da Santa Casa da Misericórdia da Povoação, atendendo a que liderávamos uma dessas listas, B.

A esse desafio cabe-nos fazer os seguintes esclarecimentos:

A Santa Casa da Misericórdia da Povoação é uma Instituição Particular de Solidariedade Social e é dirigida por uma Mesa Administrativa, uma Mesa da Assembleia Geral e um Conselho Fiscal. Todos esses órgãos obedecem a um regulamento que se denomina COMPROMISSO.

A fim de se evitarem abusos há uns anos atrás entendeu um grupo respeitoso de irmãos em introduzir no dito Compromisso da Santa Casa um novo artigo, o 16º, o qual define com objetividade e clareza o número de mandatos que cada Provedor, ou melhor, cada órgão  tem o direito de fazer, estipulando como limite máximo dois mandatos (três mais três anos), situação que o Provedor e alguns membros dos atuais órgãos há já muito ultrapassaram. Mas esses agora voltam a insistir numa recandidatura, alegadamente reforçada com o apoio de alguns irmãos, através de um duvidoso baixo assinado, visto a maioria dos subscritores serem irmãos de rara assiduidade às assembleias da mesma Instituição.

Acresce referir a este propósito que todos os outros Provedores e outros órgãos de gestão antecessores cumpriram escrupulosamente com este artigo 16º após o mesmo ter entrado em vigor. Note-se que o atual Provedor, agora candidato pela 4ª vez também ajudou a redigir o artigo em questão, só que agora não o quer cumprir, mas antes de ocupar o referido lugar nunca manifestou qualquer desagrado para com o artigo em causa, e teve muito tempo para o fazer.

O relato atrás feito é a razão principal que forçou um grupo de irmãos discordantes de tal situação a pôr em marcha uma candidatura alternativa.

Aproveitamos este espaço para esclarecer que a Instituição a que nos propomos liderar teve um crescimento desordenado, através da criação de diversas valências em diversos locais físicos, o que terá despesas acrescidas no futuro; pelo que não há margem para grandes promessas aos irmãos, pois se assim o fizéssemos estaríamos a mentir, e para isso não contem connosco. Logo, todas as disponibilidades que conseguirmos obter devem ser canalizadas para o lado mais frágil da sociedade atual, o apoio social. Nesse campo tudo quanto estiver ao nosso alcance será feito no sentido da minimização do sofrimento das pessoas mais frágeis da sociedade que solicitem apoio.

Vamos nos preocupar na fomentação de um bom ambiente de trabalho entre os funcionários da  Instituição, e esses com a direção. Temos de encontrar um base de motivação entre todas as partes, porque só podemos ter a certeza de que os nossos utentes, principalmente os que estão institucionalizados, são felizes sabendo que os trabalhadores também o são.

Queremos acrescentar que nos propomos a dar mais atenção à educação e à cultura. Temos gosto e vontade de fazer muito em várias áreas, mas essa só se pode tornar realidade mediante as disponibilidades financeiras. Para isso vamos nos preocupar e muito na boa gestão das farmácias propriedade da Instituição. Para nós será igualmente uma preocupação diária o bom relacionamento com todas as outras instituições parceiras da Santa Casa, pois sem essas as funções atribuídas à Santa Casa seriam drasticamente reduzidas.

Finalmente dirigimos uma palavra de conforto, tranquilidade e estima a todos os nossos Irmãos e muito gostaríamos que os mesmos compreendessem que a Santa Casa é propriedade de todos os Irmãos e não dos seus dirigentes, e a finalidade dessa desde a sua fundação é a prática do bem sem olhar a quem, dando esperança a alguns mais carenciados, e ajudá-los de modo a viverem com um mínimo de dignidade, porque o ser humano é o mais belo tesouro à face da Terra, e deve ser com os olhos postos nessa realidade que todos juntos temos de lutar para que os desafortunados possam também ter dias felizes. Mas para isso a presença de todos os irmãos nas assembleias gerais são de uma extrema importância, porque é aí que se discutem os problemas da Instituição, na perspetiva de alcançar as melhores soluções.

Terminamos fazendo um apelo a que na próxima sexta-feira vão todos votar e sufragar uma nova Mesa. Esperamos que confiem em nós para dar um novo rumo à Santa Casa. Somos a lista B, não tenhais medo de optar por uma mudança, prometemos que a vossa confiança depositada em nós será respeitada na íntegra. Ter medo da mudança é a total renuncia à liberdade e à esperança. Contamos com todos pois todos podem contar connosco.

Povoação, 10 de dezembro de 2013


Texto da responsabilidade de Adelino Pimentel e Ângelo Melo.

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