Atendendo
à sugestão do responsável pela publicação on line do blog informativo Um Olhar Povoacense a fim de obter
alguns esclarecimentos relativos às razões de haver duas listas concorrentes
aos órgãos de administração da Santa Casa da Misericórdia da Povoação,
atendendo a que liderávamos uma dessas listas, B.
A esse desafio
cabe-nos fazer os seguintes esclarecimentos:
A
Santa Casa da Misericórdia da Povoação é uma Instituição Particular de
Solidariedade Social e é dirigida por uma Mesa Administrativa, uma Mesa da
Assembleia Geral e um Conselho Fiscal. Todos esses órgãos obedecem a um
regulamento que se denomina COMPROMISSO.
A
fim de se evitarem abusos há uns anos atrás entendeu um grupo respeitoso de
irmãos em introduzir no dito Compromisso da Santa Casa um novo artigo, o 16º, o
qual define com objetividade e clareza o número de mandatos que cada Provedor,
ou melhor, cada órgão tem o direito de
fazer, estipulando como limite máximo dois mandatos (três mais três anos),
situação que o Provedor e alguns membros dos atuais órgãos há já muito
ultrapassaram. Mas esses agora voltam a insistir numa recandidatura,
alegadamente reforçada com o apoio de alguns irmãos, através de um duvidoso
baixo assinado, visto a maioria dos subscritores serem irmãos de rara
assiduidade às assembleias da mesma Instituição.
Acresce
referir a este propósito que todos os outros Provedores e outros órgãos de
gestão antecessores cumpriram escrupulosamente com este artigo 16º após o mesmo
ter entrado em vigor. Note-se que o atual Provedor, agora candidato pela 4ª vez
também ajudou a redigir o artigo em questão, só que agora não o quer cumprir,
mas antes de ocupar o referido lugar nunca manifestou qualquer desagrado para
com o artigo em causa, e teve muito tempo para o fazer.
O
relato atrás feito é a razão principal que forçou um grupo de irmãos
discordantes de tal situação a pôr em marcha uma candidatura alternativa.
Aproveitamos
este espaço para esclarecer que a Instituição a que nos propomos liderar teve
um crescimento desordenado, através da criação de diversas valências em
diversos locais físicos, o que terá despesas acrescidas no futuro; pelo que não
há margem para grandes promessas aos irmãos, pois se assim o fizéssemos
estaríamos a mentir, e para isso não contem connosco. Logo, todas as
disponibilidades que conseguirmos obter devem ser canalizadas para o lado mais
frágil da sociedade atual, o apoio social. Nesse campo tudo quanto estiver ao
nosso alcance será feito no sentido da minimização do sofrimento das pessoas
mais frágeis da sociedade que solicitem apoio.
Vamos
nos preocupar na fomentação de um bom ambiente de trabalho entre os funcionários
da Instituição, e esses com a direção.
Temos de encontrar um base de motivação entre todas as partes, porque só
podemos ter a certeza de que os nossos utentes, principalmente os que estão
institucionalizados, são felizes sabendo que os trabalhadores também o são.
Queremos
acrescentar que nos propomos a dar mais atenção à educação e à cultura. Temos
gosto e vontade de fazer muito em várias áreas, mas essa só se pode tornar
realidade mediante as disponibilidades financeiras. Para isso vamos nos
preocupar e muito na boa gestão das farmácias propriedade da Instituição. Para
nós será igualmente uma preocupação diária o bom relacionamento com todas as
outras instituições parceiras da Santa Casa, pois sem essas as funções
atribuídas à Santa Casa seriam drasticamente reduzidas.
Finalmente
dirigimos uma palavra de conforto, tranquilidade e estima a todos os nossos
Irmãos e muito gostaríamos que os mesmos compreendessem que a Santa Casa é
propriedade de todos os Irmãos e não dos seus dirigentes, e a finalidade dessa
desde a sua fundação é a prática do bem sem olhar a quem, dando esperança a
alguns mais carenciados, e ajudá-los de modo a viverem com um mínimo de
dignidade, porque o ser humano é o mais belo tesouro à face da Terra, e deve
ser com os olhos postos nessa realidade que todos juntos temos de lutar para
que os desafortunados possam também ter dias felizes. Mas para isso a presença
de todos os irmãos nas assembleias gerais são de uma extrema importância,
porque é aí que se discutem os problemas da Instituição, na perspetiva de
alcançar as melhores soluções.
Terminamos
fazendo um apelo a que na próxima sexta-feira vão todos votar e sufragar uma
nova Mesa. Esperamos que confiem em nós para dar um novo rumo à Santa Casa.
Somos a lista B, não tenhais medo de
optar por uma mudança, prometemos que a vossa confiança depositada em nós será
respeitada na íntegra. Ter medo da mudança é a total renuncia à liberdade e à
esperança. Contamos com todos pois todos podem contar connosco.
Povoação,
10 de dezembro de 2013
Texto
da responsabilidade de Adelino Pimentel e Ângelo Melo.
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