Centenas
de pessoas receberam atendimento médico nos Montes Urais
Um meteorito caiu na região de
Tcheliabinsk, nos Montes Urais (Rússia), nesta sexta-feira (15). Autoridades
informaram que a queda provocou danos em prédios e casas e deixou centenas de
pessoas feridas Oleg Kargopolov/AFP.
Mais de 400 pessoas ficaram feridas, três delas com gravidade, depois que um meteorito caiu na região russa de Tcheliabinsk, nos Montes Urais. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior da Rússia.
“Nossas informações citam mais de 250
feridos, três deles com gravidade”, afirmou uma fonte da pasta, que adiantou
que os destroços caíram em outras seis cidades da região. O meteorito caiu a 80
quilômetros da cidade de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20
locais (1h20 de Brasília) e se desintegrou.
As autoridades de Tcheliabinsk, capital
da região homônima, reforçaram as medidas de segurança nas estruturas e
instalações vitais da cidade.
Os moradores da cidade foram orientados
a voltar para casa e a buscar as crianças nas escolas, que foram fechadas por
orientação do governo. Muitas casas e prédios de Tcheliabinsk tiveram janelas
estilhaçadas. O aeroporto da cidade, no entanto, permaneceu aberto, sem
interrupção no serviço.
Clarão seguido de forte explosão
Testemunhas relataram aos jornais russos
Moskovskij Komsomolets e Kommersant Online terem visto um forte clarão no céu
sobre os Montes Urais. Um morador de Tcheliabinsk chegou a descrever a imagem
como a explosão de uma bomba nuclear. Ao clarão, se seguiu uma forte explosão
que chegou a quebrar janelas, relatou o morador.
Segundo o Ministério do Interior, a
maioria dos ferimentos foi causado pelos estilhaços dos vidro quebrados das
construções. O teto de uma planta de zinco em Tcheliabinsk desabou, porém não
há registo de feridos. Segundo relato de moradores, Tcheliabinsk ficou por
cerca de meia hora sem comunicação.
Governo desmente chuva de meteoritos
Alguns veículos da imprensa chegaram a
informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais, mas a
informação foi retificada pelo governo.
“Não foi uma chuva de meteoritos, mas um
meteorito que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera”, disse à agência
Interfax a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia,
Elena Smirnij.
Elena confirmou que a onda expansiva
provocada pela queda do corpo celeste quebrou as vidraças de “algumas casas na
região”. A porta-voz ministerial também informou que a queda do meteorito não
alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes
para a região.
“Teste militar norte-americano”
Apesar do relato do Ministério para
Situações de Emergência da Rússia confirmando a desintegração do meteoro, o
vice-presidente da Duma (a Câmara dos Deputados russa), Vladimir Zhirinovsky,
afirmou que a explosão tratou-se, na verdade, de um teste militar
norte-americano, visando atingir a região das Urais, onde fica localizada a
maior planta de beneficiamento de combustível nuclear do país.
Representantes do Ministério da Defesa
argumentaram que a emergência não afeta as unidades de combate do Comando
Militar Central e que havia alvos militares entre os edifícios danificados.
(Com Efe)
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