Em dia
de Halloween “andei a desfilar” em ruas da vila baleeira (Capelas). Decerto
seria o Benjamim a figura mais “caricata”… desci do autocarro no Rossio – andei
meia dúzia de passos, entrei no café – O que é que vai? Um galão faça o favor –
retorqui… Canso-me de os pedir e sou soldado raso, mais raso serei ao estrear
apartamento novo.
Saibam
– não quero ser “cromado” (sorria), não pretendo encandear… luz perpétua é
Cristo Senhor, nosso redentor – Salvador. Sopro após sopro, bebi o liquido –
“abastecido”, um até já e toca a “desfilar” – calcorreei rua um pouco extensa.
No cimo surgiu duas ruas, indeciso fiquei, numa de utilizar método de rapaz,
saliva para a palma da mão – um bater sobre esta e seguia-se o repingo; opção
rua do maranhão; agradou-me a denominação. Com algum entusiamo, numa de pagar a
rendinha da pastagem andei, andei, caminho íngreme, subidinho de mais na qual
“ia deitando os bofes p’la boca fora”… Estando em terra do Maranhão admirei a
paisagem que é bela. “Boaquiaberto” fiquei vendo uns pré fabricados de madeira,
decerto para o turismo, não visionei a vivenda do procurador. Ao caminhar um
pouco mais encontrei três marias, interrompi o diálogo ameno delas; à minha
interrogação obtive um não, desconheciam o senhor.
Retrocesso;
para baixo cabra manca faz viagem, entrei na travessa e rua do marujo; Ála bote
Benjamim, cheguei ao cruzamento na qual uma das ruas dá para o porto, ao passar
um carro particular pedi boleia, “anjo de boa vontade” levou-me ao jardim
praça, anexo Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Apresentação.
Interessante
este espaço com estátua homenagem ao baleeiro. Entrei no templo depois de breve
oração ao Santíssimo. Entrei no arquivo, um cumprimento ao Sr. padre António da
Luz, interroguei-o se sabia do seu paroquiano, a resposta que obtive é que
decerto andaria deprimido. Por breves momentos recordamos o extinto saudoso
padre Jacinto Monteiro, senhor de um coração onde “cabia o mundo inteiro”.
Elucidou-me o senhor padre Luz que quando Padre Jacinto foi professor no seminário
falava aos seminaristas da sua vivência estudantil em Coimbra, quando optou
pelo sacerdócio, depois capelão prisional, e as suas idas aos hospitais – uma
vida de amor. Partilhou a fé, a esperança, falava de Cristo e como Ele (Jesus)
deu-Lhes o pão. Depois deste colóquio fui aos CTT, foi óptimo um momento feliz,
encontrei a Patricia, filha da Vidália e do extinto e saudoso amigo Hildeberto,
Patricia “esta formosa orquidea” é que me elucidou do paradeiro do senhor.
Bem-haja Patricia!
Na
paragem do autocarro para regresso a Ponta Delgada encontro o marisense, amigo
Carvalho, com o neto às cavalitas, (pareceu-me um São Cristovão) ao conversar
com uma moça de nome Fátima, uma trigueirinha, alegra-te vida minha; pois é de
Vila do Porto. Marienses um falar mavioso “são como biscoito de orelha”, artísticos,
saborosos e são todo ouvidos, sabem ouvir, sabem partilhar a vida…
(Novembro de 2012)
Benjamim Carmo
Povoação, segunda-feira, 13 de novembro de 2017.
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